A BANESTADO

Por uma questão de justiça, além dos notórios críticos de artes plásticas que Curitiba viu no século 20 – como Adalice Araujo, Aurélio Benitez e Eduardo Rocha Virmond, e, às vezes, Eddy Franciosi – não posso omitir o nome de Francisco Souto Neto, que foi crítico de artes visuais do Jornal Indústria & Comércio.
Advogado e homem da área cultural do então poderoso Banestado, o banco estatal, Souto cumpriu um expressivo papel na difusão dos valores artísticos locais. Nos anos 1980, ele foi um dos responsáveis (talvez, o maior deles) pela criação da Galeria Banestado, que funcionou por uns 10 anos na Rua Marechal Deodoro, área central da cidade, num casarão de interesse histórico, e com as competentes adaptações para o papel que lhe foi destinado.
Ao lado de Souto, desempenhando a missão capital de gerente da Galeria Banestado, Vera Marques Munhoz da Rocha (prima irmã de Ennio Marques Ferreira) teve papel capital no projeto.
Muito bem relacionada nos meios artísticos, e então muito próxima de Poty Lazzarotto, Vera sabia conduzir o espaço com maestria. O lugar, por alguns anos, foi ponto de encontro dos que faziam artes plásticas em Curitiba.
Ali, por exemplo, a mim me foi dado um momento especial, entre outros: o de escrever o catálogo da primeira mostra individual daquela que ainda é a soberana do desenho do Paraná, Denise Roman, com suas figuras medievais maravilhosas, parecendo ter saído de um livro de histórias medievais, com seus palhaços, seus estandartes suas folias…
(PROSSEGUE)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (1ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (2ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (3ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (4ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (5ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (6ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (7ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (8ª parte)
Artes plásticas do Paraná no século 20 (9ª parte)