quinta-feira, 14 novembro, 2024
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Nariz Itinerante leva palhaçaria a UPAs, CAPS e hospitais públicos

Assessoria – Desde 2014, a Associação Nariz Solidário tem a missão de transformar relações e pessoas por meio da palhaçaria. Em 2024, a ONG celebra seus 10 anos de atuação, com o projeto Nariz Itinerante proporcionando arte, cultura e saúde mental para pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde em ambientes de atenção à saúde de Campo Largo, Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, além da capital.

Com ações itinerantes realizadas semanalmente e de forma gratuita, cerca de 25 palhaços profissionais e voluntários visitam Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), maternidades e hospitais. Utilizando da linguagem do palhaço, do improviso e da música, eles promovem intervenções cênicas e oferecem atendimento humanizado e especializado para quem precisa.

O Nariz Itinerante se destaca por ser a única ação de uma organização social e artística dentro das UPAs, CAPS e do Hospital Municipal do Idoso em Curitiba, e também a única iniciativa presente nos equipamentos de saúde de Fazenda Rio Grande. O cofundador, diretor e presidente da organização, Eduardo Roosevelt, ressalta que “os grandes diferenciais do projeto são a sua itinerância e descentralização, levando a arte da palhaçaria de Curitiba para a região metropolitana, ampliando o impacto e alcançando mais pacientes e profissionais da saúde”.

Até o momento, o Nariz Itinerante já atendeu 19 mil pessoas em 150 ações realizadas nas UPAs, CAPS e no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns, em Curitiba, na UPA de Fazenda Rio Grande, no Hospital e Maternidade de São José dos Pinhais e no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, todos parte do Sistema Único de Saúde (SUS). A meta é impactar mais de 20 mil pessoas ao longo de 700 horas de atuação ao longo do projeto.

Para a palhaça Lupita, interpretada por Sabrina Almeida, é gratificante proporcionar momentos de bem-estar em ambientes muitas vezes marcados por dor e sofrimento. “O que mais me move são as interações que proporcionam alívio e respiro às pessoas. Muitas vezes, um simples ‘olho no olho’, uma palavra ou uma música já fazem a diferença, mostrando que grandes momentos moram nos gestos mais simples”, complementa ela, que já atua como palhaça em hospitais há 7 anos.

Antes de entrar em cena, os palhaços e palhaças passam pelo programa de formação “Encontros e Risos”, com duração de um ano, e contam com acompanhamento terapêutico em grupo recorrente. “Por trás de cada palhaço, existe um ser humano absorvendo situações de luto e das mais diversas fragilidades. Então, é essencial ter esse espaço seguro, para que eles possam falar, refletir juntos e trocar experiências uns com os outros”, diz Luana Bastos, psicóloga hospitalar e responsável pelo acompanhamento terapêutico dos palhaços na Associação.

O projeto também contempla atividades educativas em escolas públicas, onde palestras são realizadas para capacitar educadores e estudantes sobre o uso da palhaçaria como técnica facilitadora de novos processos de aprendizagem. Com uma abordagem inclusiva, a equipe do Nariz Itinerante ainda recebe treinamento em Libras para garantir o atendimento a pessoas com deficiência auditiva.

O projeto Nariz Itinerante é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei nº 8.313/91, e tem o patrocínio das seguintes empresas: BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Cimento Itambé, Banco CNH Industrial Capital, Malhas Wilson, New Holland, RD Saúde e Unimed Paraná.

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