domingo, 19 janeiro, 2025
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QUANTO FATURAM AS IGREJAS? EIS UM SAGRADO SEGREDO…

Edir Macedo

Um dos mistérios mais bem guardados deste país é o do faturamento – as entradas em dinheiro – das Igrejas, centro espíritas e instituições religiosas que possam ser enquadradas na mesma denominação geral de “igrejas”.

Neste caso, por exemplo, estão as sinagogas, as mesquitas, os templos budistas, etc. E a razão do segredo é simples: essas instituições religiosas, como locais de culto e de aglutinação e arregimentação de fieis para atos religiosos, estão isentas de pagamentos de tributos.

NEM O “LEÃO” DESCOBRE

Nem o Imposto de Renda, cuja voracidade leonina pelos ganhos do próximo é bem conhecida, pode avaliar quanto faturam as igrejas e assemelhadas. A Constituição Federal garante essa “benção”. O que, reconheça-se, dá margem a uma série de ilações, a maioria muito difícil de provar. A mais persistente delas aponta certos organismos religiosos como “lavanderias prediletas” de ações ilícitas. Como as do tráfico de drogas.

NADA DE CONCRETO…

Nunca se apurou ou comprovou nada de concreto sobre as acusações, muitas delas motivadas, é certo, por brigas dentro de denominações evangélicas.

Tal como aconteceu com um pastor de nome João Bosco, que anos atrás rompeu com uma grande igreja neopentecostal, fundou seu “próprio negócio” em Pernambuco e denunciou que sua antiga “igreja mãe” fazia lavagem de dinheiro em voos de taxis aéreos para a Colômbia. Levava dólares, trazia drogas, disse. Apenas disse.

Joaquim Parron

NA PERPÉTUO SOCORRO

A observação vem por conta de uma notícia policial que não teve maior repercussão porque os padres redentoristas (leia-se especialmente o nome de padre Joaquim Parrón) souberam conduzir a questão do assalto praticado no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, semana passada. O episódio foi bem conduzido do ponto de vista de comunicação, mas o fato é que os assaltantes levaram dinheiro daquela igreja, atuando com mão armada.

O lamentável episódio deu-se no dia seguinte ao da tradicional novena do Perpétuo Socorro. Havia pouco dinheiro em poder da equipe do padre Primo, reitor do santuário, “coisa de mil reais”, disse padre Parron. O grosso teria sido levado no dia da novena, quarta-feira, por transportadora de valores. Mas quanto?

COMO NOS DIAS DE “FOGUEIRAS”

Temos de acreditar nesse servo do Senhor. Mas, por via das dúvidas, será melhor que a Perpétuo Socorro aja como fazem os pastores da Igreja Universal Catedral da Fé, da Sete de Setembro: nos dias dos grandes cultos – como os das chamadas “fogueiras santas ” – a segurança é reforçada, carro forte espera na frente do templo e o dinheiro arrecadado ao fim de cada noite, é levado em sacas diretamente para o Afonso Penna, onde um jato fica esperando a equipe da coleta diária. Cada fim de noite da semana a operação se repete.

Essa realidade prática, moderna, com senso de administração do grupo Edir Macedo, me foi relatado por dois ex-seguranças que lá trabalharam por anos.

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