Léo Kriger ficou muito conhecido como professor de Odontologia na UFPR e PUCPR (onde continua). E sobretudo pela catequese impressionante (este é o termo exato) que exerceu e exerce, no ensino da preservação da saúde bucal das novas gerações de paranaenses.
Mas há outro ângulo de Léo que menos gente conhece: ele foi, junto com Muricy, hoje cirurgião plástico reputado, o pioneiro a implantar página de esporte amador na imprensa de Curitiba, anos 1960.
LÉO EXEMPLÁRIO
No meu livro Vozes do Paraná 6, contando sobre Léo, digo, a certo trecho: “…me pergunto se as novas gerações saberão avaliar os traços psicológicos e as experiências desse desbravador e dono de vivências históricas, por assim dizer?
Eu mesmo respondo: acho que a maior parte dos mais jovens está mesmo ligada a realidades de um mundo digital, às grandes novidades e mudanças diárias da web. Volta-se muito para o mundo imediato, sem avaliar caminhos percorridos que lhes garantiram o hoje de benesses que têm.”
LÉO, UM EXEMPLÁRIO (2)
E mais adiante: “ A modernidade que todos desfrutamos (em comunicação social) hoje, foi conquistada, em parte, por gente como o hoje o veterano Léo Kriger.
Querem um exemplo? Léo foi a São Paulo buscar – de avião, mas voltando de carro – trazendo uma radiofoto da Copa de 1962 no Chile. Tinha que trazê-la para a edição do mesmo dia do seu jornal. Uma aventura difícil até de traduzir, a começar porque quase ninguém hoje sabe o que significou aquele “avanço” da emissão de fotografias por rádio.
Mas Léo fez seu papel, com sacrifício de horas, sem parar, de viagem.
Missão cumprida, chegando a Curitiba, de volta, às 4 da manhã.
Foi assim que homens e mulheres, como Léo, acabaram construindo o jornalismo profissional paranaense, seguro, com responsabilidade. O que jamais poderá ser confundido com as redes sociais.”
LÉO EXEMPLÁRIO (3)
Os mais antigos sabem, mas não custa informar às novas gerações: num tempo em que o registro fotográfico era todo uma arte – carregada de técnica também – o pai de Léo Kriger, seu Isaque, um imigrante polonês que logo se tornou brasileiro, foi o dono do Foto Brasil. De alguma forma, sem exageros, pode-se dizer que as pessoas mais representativas da cidade passaram pelos cenários do Foto Brasil, que ‘imperou’ na Rua XV.
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