quarta-feira, 15 janeiro, 2025
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Mesmo sem apoio, pesquisadora relança obra sobre imigração

Beatriz Pellizzetti
Beatriz Pellizzetti

Embora muito doente, a professora aposentada da UFPr, Beatriz Pellizzetti Lolla, realizou o desejo de lançar em Curitiba, terça feira, no Palácio Garibaldi, a segunda edição de seu livro “Ideologia e Criatividade da Imigração Européia no Brasil”.

Um sólido volume de 848 páginas, fartamente ilustrado, é o resultado de muitos anos de pesquisas, tendo como origem trabalho de pós-doutorado apresentado à Sorbonne. A primeira versão do texto foi, assim, em francês, em edição restrita. Posteriormente, com texto em italiano, a obra foi lançada em Roma, com a presença dos maiores especialistas do assunto na Itália.

EM PORTUGUÊS NÃO

Por incrível que pareça, a estudiosa não conseguiu o apoio necessário para lançar sua obra em português, além de ter tido dificuldades alfandegárias para liberar os volumes trazidos da Itália. Tendo sido professora e chefe do Departamento de História da UFPR, nem por isso mereceu atenção suficiente por parte das autoridades universitárias e da editora da Universidade, não obstante a importância da obra. A saída foi efetuar a reimpressão do texto em italiano, às próprias expensas da autora. Ela credita, ainda, ao sobrinho Anatólio Pellizzetti, médico residente nos EUA, o apoio para o lançamento do livro em Curitiba.

PRESENÇAS

Hélio de Freitas Puglielli
Hélio de Freitas Puglielli

Além de inúmeros integrantes da família Pellizzetti, destacando-se o casal Anatólio e Margareth (ela norte-americana), prestigiaram o lançamento muitos dirigentes de entidades culturais catarinenses, como Edson Machado (irmão do célebre pintor Juarez), um dos responsáveis pela criação do Teatro Bolshoi em Joinville, agora atuante na assessoria cultural do governo catarinense. Também diretores da Fundação Cultural de Rio do Sul, cidade onde está morando a professora Beatriz Pellizzetti. Entre suas antigas colegas do Departamento de História da UFPR, as professoras Elvira Kubo e Odah Guimarães Costa, além do professor Hélio de Freitas Puglielli, que dirigia o Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, à época em que Beatriz chefiava o Departamento de História. Entre tantos outros (já que seria inviável a completa “nominata”) o artista e publicitário Marcos Bento e o colunista Wilson de Araújo Bueno.

AUDIÇÃO

Wilson de Araujo Bueno
Wilson de Araujo Bueno

Além de coquetel (com vinhos de Rio do Sul), os convidados ganharam audição musical. Talentosos artistas, a pianista Sarita e os cantores Israel e Sayonara, todos da família Chiquet, daquela cidade catarinense, deram o toque artístico à noite do lançamento, homenageando Beatriz. Israel Chiquet Michels, quase adolescente, impressionou a todos com potente voz de barítono. Um brilhante futuro pela frente, caso consiga um lugar ao sol no mundo artístico, que, assim como no acadêmico-universitário, parece cheio de percalços.

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