quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Em memória de Gelfe Vessoni (1936-2024)

Por André Nunes – Faleceu no último dia 5 de setembro, em Maringá, o senhor Gelfe Vessoni, 88 anos. Nascido em Boborema, interior de São Paulo, em 5 de junho de 1936 (registrado no dia 18), filho de Aníbal Vessoni e Maria Viturri, era neto de italianos da região da Lombardia. Seu avô, Giuseppe Pietro Vezzoni, veio da cidade de Mantova para o estado de São Paulo.

Casado com dona Vera, Seu Gelfe teve cinco filhos e sete netos. A primogênita, Stella Purita Vessoni Nunes, minha madrasta, é fruto do primeiro relacionamento com dona Gentilia Purita. Na sequência, do casamento com dona Vera, vieram os quatro filhos homens: Marcelo, Aníbal, Paulo Ricardo e Gustavo.

Seu Gelfe e dona Vera com os filhos, noras e genro

Os sete netos de seu Gelfe são Rodrigo, Bruno, Beatriz, Luana, Gustavo, Lucas e Paola. Completam a família as noras Elisangela e Laura, e o genro Jadir Nunes.

Antes de chegar a Maringá, cidade que viu crescer desde seus primeiros anos, seu Gelfe desbravou o Mato Grosso do Sul até fincar raizes na terra vermelha no Paraná. Foi técnico agrícola e um dos sócios fundadores do Country Clube de Maringá, uma de suas paixões além do time do coração, o Palmeiras, como bom neto de italianos.

Paz e Bem, que Deus o tenha, seu Gelfe!

Seu Gelfe com a filha Stella

Homenagem de Tomidy Yano

A seguir, a íntegra da mensagem de homenagem escrita pelo amigo da família Vessoni, Tomidy Yano:

Ao Sr. Gelfe Vessoni e aos queridos familiares,

Ontem, nos reunimos para prestar nossa última homenagem ao Sr. Gelfe Vessoni, que nos deixou aos 88 anos de idade. A tristeza é imensa, mas o legado de amor e lembranças que ele nos deixa é ainda maior. Ele partiu, mas estará para sempre vivo nos corações de seus filhos, netos, esposa e todos os amigos que tiveram a honra de caminhar ao seu lado.

Mesmo sem tê-lo conhecido em um breve estágio, posso afirmar que o Sr. Gelfe era um homem de fé, perseverança, e um exemplo de resiliência e dedicação. Homem raiz, nasceu em um tempo de grandes desafios, em uma época rústica onde ser forte era uma obrigação para sobreviver. Foi nesse cenário que forjou sua identidade como um homem corajoso, obstinado, trabalhador e amigo. Com humildade e o suor de seu esforço, construiu uma vida pautada no amor e na integridade.

Sr. Gelfe encarava os desafios de frente, sempre buscando novos horizontes, desde sua cidade natal até fixar suas raízes em Maringá, onde sua família se tornou referência de honra e trabalho.

Palmeirense de coração, ele carregava sua paixão pelo futebol em tudo o que fazia. Afirmados e compartilhando com histórias e “causos”. E quem o conhecia, No final ficou conhecido por uma brincadeira carinhosa com que saudava os amigos: “Se é do Kurintia?”. Essa expressão, leve e simpática, quebrava qualquer gelo e era uma habilidade singular de Gelfe: fazer com que as pessoas sorrirem ao conhecê-lo. Era assim que ele transformava estranhos em amigos.

Testemunhei ontem muitos relatos de admiração e respeito por Sr. Gelfe, vindos de pessoas que conviveram com ele em diferentes épocas e que compartilharam suas experiências com um homem que marcou suas vidas.

Conheci o Gelfe como o pai do meu amigo Anibal, o “Gão”, como muitos o chamam. Mas ao tentar escrever este texto, percebi que ele era mais que um pai. Era também o “filho” Gelfe se tornara o filho querido e amado de seus filhos — de Anibal, de Marcelo, de Paulo Ricardo, de Stella e de Gustavo. e até de seus netos.

E, claro, ele se tornou o menino arteiro e teimoso de dona Vera, sua querida esposa e companheira. Certamente, dona Vera sentirá profundamente a ausência das suas traquinagens e teimosias. Ele era sua “criança de cabelos brancos e bigode ralo”, o alvo de sua atenção e dedicação diária. E também de seu Amor, pois que ve essa senhora dura e forte , sabe que ela é uma mãe e avó carinhosa e amorosa, a dona vera que Deus em sua infinita sabedoria possa amenizar a dor se sua saudade.

Sentiremos saudades, sim! Mas é assim que a fé nos ensina. O amor não é apenas amar o que temos, mas também aquilo que perdemos. Amar é acreditar naquilo que não se explica, mas que se sente. E acreditamos que a missão de Gelfe aqui foi cumprida.

Sua história não termina hoje. As lembranças de Gelfe continuarão a viver nas reuniões familiares, quando suas façanhas e causos serão contados, arrancando risos e lágrimas de saudades. É assim que ele se tornará imortal: nas memórias, nos corações e nas histórias de seus amigos e familiares.

Sim, nos despedimos fisicamente, mas sabemos que Gelfe está em paz, ao lado de Deus, e claro na minha perspectiva ele possivelmente já brincando com algum anjo ou santo, perguntando “Se é du Kurintia?”, fazendo todos eles apontarem para São Jorge e com esse novo legado de amizades celestiais, ele continuará a proteger e iluminar sua querida família.

Essa é minha singela homenagem ao Sr. Gelfe Vessoni e à linda família que ele deixou, que com fé, amor e esperança seguirá em frente, contando suas histórias com orgulho e carinho.

Obrigado a todos!

Tomidy Yano

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