Por André Nunes – Com mais de 93% das urnas apuradas, às 18h47 deste domingo (6), Curitiba já sabe que terá segundo turno nas eleições para a prefeitura municipal. Com mais de 313 mil votos, Eduardo Pimentel (PSD) ultrapassou Cristina Graeml (PMB) há poucos minutos, com 291 mil votos. A diferença percentual é mínima e surpreendente: 33,51% a 31,17%.
Em terceiro lugar, Luciano Ducci (PSB) com 19,44% (181,7 mil votos); em quarto, Ney Leprevost (União) com 6,49% dos votos, seguido de Professor Luizão (Solidariedade) com 4,41%. Maria Victoria (PP) ficou em sexto lugar com 2,19%, à frente de Roberto Requião (Mobiliza), com 1,83%. Andrea Caldas (PSOL) teve 0,86% (8.021 votos).
Eduardo Pimentel
Eduardo Pimentel tem 40 anos e é o atual vice-prefeito de Curitiba, eleito e reeleito na chapa com Rafael Greca (PSD) em 2016 e 2020. Também foi Secretário de Estado das Cidades do Paraná no governo Ratinho Junior, que apoia sua candidatura. Formado em Administração, com pós-graduação em Agronegócios pela Universidade Positivo, Pimentel concluiu em 2019 uma especialização em Cidades Inteligentes pela Fundação Getúlio Vargas, em Brasília, com módulo em Nantes (França).
É neto do ex-governador Paulo Pimentel e filho de Claudio Slaviero, família que detém a rede Slaviero Hotéis. Pimentel também atuou como o de diretor de marketing da Fundação Cultural de Curitiba e foi diretor agrocomercial das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR).
Eduardo Pimentel é casado com a publicitária e empresária Paula Mocellin Slaviero e pai de três filhos: Luca, Eduarda e Leonardo.
Cristina Graeml
Formada em Comunicação Social – Jornalismo pela UFPR em 1992, Cristina Graeml tem 54 anos e trabalhou como repórter de TV por 26 anos, se afastando do cargo de colunista e comentarista da Gazeta do Povo – onde se firmou, nos últimos anos, como uma das principais porta vozes da direita conservadora paranaense – para concorrer às eleições de 2024.
Graeml é trineta do primeiro médico da capital, Trajano Reis, que também foi deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. No pequeno Partido da Mulher Brasileira (cujo diretório nacional tentou impugnar sua candidatura na pré-campanha, o que fez com que Cristina fosse desconvidada na noite do primeiro debate televisivo, na TV Band), a jornalista não teve tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito, e valeu-se apenas do apoio de voluntários em sua campanha, ancorada com força nas redes sociais.
Esta semana, dois fatores ajudam a explicar a guinada de Cristina Graeml: um vídeo de apoio publicado junto ao ex-presidente Bolsonaro – cujo “apoio institucional” ao PL de Paulo Martins, vice de Eduardo Pimentel, não convenceu – e uma denúncia envolvendo uma venda de ingresso para um jantar de apoio à candidatura de vereadores da base da situação, com servidor que acabou sendo afastado da prefeitura quando o caso foi divulgado. O assunto foi tema do último debate na RPC, na última quinta-feira.