Por Eloi Zanetti – Cada vez que o publicitário Washington Olivetto vinha ao Boticário para uma reunião de briefing ou apresentar alguma campanha, ele já antecipava por telefone: “Eloi, quero que me leve para almoçar no Costelão” (Colônia Murici – São José dos Pinhais).
Na época um barracão com piso de terra, fumaça de assados flutuando no ar entre a ruidosa conversa de motoristas de caminhão, operários, bancários, representantes comerciais, agricultores e, de forma democrática, algumas figuras chamadas da alta sociedade. Em meio às idas e vindas dos variados tipos de carnes, certa vez, o Washinton comentou: “Isso aqui é bem melhor do que o Rodeio”, na ocasião a churrascaria mais badalada de São Paulo e do país.
Não sei como está hoje o Costelão da Colônia Murici, nem o Rodeio, mas passados tantos anos, a saudade habita minha memória, pois ainda sinto o vozerio, a fumaça impregnando nossas roupas e cabelos, o doce sabor do churrasco e a conversa que fluía gostosa e sem pressa para terminar.
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