segunda-feira, 2 dezembro, 2024
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Uma vitoriosa comandou a CIC S/A, “apesar de ser mulher”…

Vila Sophia
Vila Sophia
Maria Elisa Ferraz Paciornik
Maria Elisa Ferraz Paciornik

Maria Elisa Ferraz Paciornik, hoje superintendente da Associação de Amigos do Hospital de Clínicas da UFPR – depois de tê-la presidida por dois mandatos -, tem uma carreira de luta pelos direitos da mulher como poucas podem contabilizar. É verdade que localizou seu campo de batalha em Curitiba, e exercitou sua “catequese” a partir de seu exemplo pessoal: foi galgando, passo a passo, posições importantes na vida profissional, ocupando cargos de comando até então privilégios de homens. E enfrentou, por isso, muitas resistências. Mas sempre dizendo que suas conquistas seriam da mulher paranaense.

Foi uma feminista que se impôs e impôs sua luta distante de gritarias, de brigas, de protestos. Empunhou o melhor instrumento para conseguir se tornar uma vitoriosa – a sua boa formação profissional.

A longa resistência

Foi assim quando, já nos anos 1990, foi nomeada pelo prefeito Greca de Macedo para presidir a CIC S/A. Lá ficou por três anos, inovou, desenvolveu ação modelar no relacionamento com as empresas estabelecidas e as que estavam para chegar.

Antes, teve de vencer muitas resistências machistas, como as proclamadas manifestações do tipo “A CIC é lugar de homem” ou: “Lugar de Mulher é na Cozinha”.

Hora de “dar o troco”

Ela mesma lembra dessa oposição machista, não como dirigida a ela, mas ao gênero feminino.

A história é parte do perfil de Maria Elisa Ferraz Paciornik que compõe o volume 6 de meu livro Vozes do Paraná, lançamento em 18 de agosto, na Vila Sophia (Rua Mateus Leme, esquina de Barão de Antonina, atrás do Shopping Muller).

Ao deixar a presidência da CIC S/A, e ao ser homenageada com medalha da própria companhia, abriu discurso com a frase: “Enfim, missão cumprida.

Apesar de eu ser mulher…”

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