Por Ney Leprevost
A dor forja os homens. Os torna mais fortes e mais humanos. O ano está sendo muito difícil para milhares de famílias brasileiras. Para a nossa, também. Em 2021, a Covid 19 levou prematuramente meu amado pai, Luiz Antônio Leprevost, meu porto seguro. A pandemia também nos privou da alegria de conviver com grandes amigos que partiram para a vida eterna. Na manhã desta terça feira, faleceu meu segundo pai, meu avô João Abrão. A saudade vai ser imensa. Mas não quero me despedir com lágrimas e sim com aplausos. Ele viveu 97 anos. Passou incólume pela pandemia.
Aguentou como se fosse um homem de aço a dor de perder um neto ainda criança, o anjinho Emílio. Depois perdeu a vó Cândida, uma das mulheres mais extraordinárias que Deus enviou ao mundo. E suportou com uma garra quase sobrenatural o sofrimento e a partida de seu filho, Paulo Abrão. Se fosse pra definir a personalidade do vô João em uma frase, eu diria:”Foi o homem mais forte que já conheci. Um exemplo de fibra e retidão de caráter”.
Por volta de uma hora da madrugada de hoje, quando saí do meu trabalho na secretaria de Justiça, fui ao hospital Constantini e consegui me despedir dele. Junto com o bom Edi, simpático e atencioso enfermeiro que o atendeu em seus últimos dias, rezamos muito.
Pedi a Deus a absolvição de todos os pecados que ele eventualmente possa ter cometido, em que pese eu só te-lo visto ajudando muito as pessoas, principalmente suas filhas e netas. Roguei ao Pai para que a passagem fosse tranquila. E pedi a ele para que quando chegar no céu, dê um abraço bem forte no meu pai que não era apenas seu genro, mas também seu melhor amigo.
Meu querido vô João, descanse em paz e viva a alegria eterna do reino dos céus! Aqui, amparados pela bondade infinita de Nosso Senhor Jesus Cristo, ficamos nós a aplaudir sua vida plena e os belos exemplos que deixou! (legenda) “Com meu pai e meu avô em dias sempre memoráveis, momentos histórico-afetivos”