
Não foram raros, e quase sempre debates de titãs, os entreveros verbais que os ministro Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa tiveram no STF.
O ex-presidente do Supremo, conhecido por ser um estopim curto, muitas vezes se defrontou com um Mendes habituado a duras respostas. E quem ganhou com isso, de certa forma, foram os que acompanharam os debates via TV do STF.
Mas no essencial, os dois – especialmente no julgamento do Mensalão, não mostraram diferenças essenciais.
Para alguém que conhece bem o ministro Gilmar Mendes, como o professor Clèmerson Clève, da UniBrasil, “Gilmar é, pessoalmente, um ser muito polido, sempre disposto a ouvir seu interlocutor, incapaz de não responder a um telefonema, pronto para orientar estudantes, quando solicitado”.
ENTREVEROS (2)
Mendes é filho de um ex-governador do Mato Grosso, vindo de uma família tradicional do Estado.
Fez ampla carreira acadêmica no exterior, doutorando-se, por exemplo, na Alemanha.
Para o constitucionalista Clève, há um detalhe curioso na vida de Mendes e Barbosa: eles passaram muito próximos, durante todo o curso de Graduação em Direito. Foram colegas de turma.
Um dos momentos mais tensos desses embates verbais deu-se em 2013, quando o ministro Barbosa reclamou a forma como – disse – Gilmar estaria a tratá-lo. Saiu-se então com essa:
– Não aceito que se dirija a mim como trata aos seus capangas…