sábado, 14 dezembro, 2024
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PF prende general Braga Netto por plano de golpe

UOL A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje (14) o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil (2020) e ex-ministro da Defesa (março de 2021 a abril de 2022), além de ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro na chapa de 2022.

Braga Netto é alvo do inquérito que investiga o plano de golpe de Estado contra o presidente Lula. A PF também faz busca e apreensão na casa do ex-ministro, no Rio de Janeiro, e do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-braço direito de Braga Netto, também da reserva, em Brasília. Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Ele foi preso em Copacabana e ficará sob custódia do Exército, no Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. A PF também cumpre uma medida cautelar contra “indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas”.

A PGR e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, concordaram que Braga Netto tentou obstruir a Justiça ao buscar detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro. Ou seja, a Justiça considerou que a liberdade de Braga Netto era um risco às investigações.

Advogados do general negam que ele tenha coordenado uma tentativa de golpe. Em nota divulgada na semana passada, a defesa diz que o general da reserva não tratou de um suposto golpe e “muito menos do planejamento para assassinar alguém”.

Depoimento de Cid embasou prisão

Segundo Gerson Camarotti, do g1, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão preventiva de Braga Netto menciona provas robustas de que o ex-ministro da Defesa do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tentou “obstruir as investigações” sobre a tentativa de golpe de Estado.

Moraes destacou que, segundo a PF, Braga Netto “concorreu para o processo de planejamento e execução do golpe” (leia mais abaixo). E que foi o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em novembro, que apresentou elementos suficientes sobre a “conduta dolosa” do general em impedir investigações em curso.

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