1 | O corpo de Inami Custódio Pinto, 82, foi sepultado terça, 27, em Curitiba.
A notícia de sua morte foi, felizmente, registrada por alguns meios de comunicação, como o Jornal de Londrina. E o foi com o destaque que esse folclorista de porte e importância nacionais merecia.
Acho mesmo que não compromete o registro o fato do jornal em questão dizer, em certo trecho da notícia, que Inami se tornara importante a partir de sua formatura na Faculdade de Artes do Paraná. A verdade é que ele sempre foi importante para o levantamento e preservação de raízes do Paraná – costumes, danças, expressões de crendices, cantigas de domínio público. E essa importância precedeu muito a sua graduação em curso superior de música.
2 | Nos anos 1960s, por exemplo, Inami era personagem obrigatório das pautas jornalísticas, sempre que o tema era o folclore paranaense, área em que cotejava com o catarinense Wilson Silva (in memoriam) e Roseli Roderjan (esta foi também professora universitária).
Ary Fontoura, hoje um global de primeira grandeza da televisão brasileira, chegou a interpretar canções criadas por ele.
Teve uma produção enorme: 200 composições. A mais importante delas, ou a que mais repercute, é “Gralha”, que fala de nossa ave-símbolo do Paraná.
Recomenda-se acesso ao acervo de trabalhos, livros e textos de Inami, que podem ser encontrados na Biblioteca Pública do Paraná.
De uma coisa eu tenho certeza: a curto prazo não se enxerga um substituto de Inami.