terça-feira, 3 dezembro, 2024
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Para Zé Eduardo: missa e memória de uma Comenda

Na segunda-feira, dia 9, às 19 horas, na Igreja do Cristo Rei, em Curitiba, a missa de Sétimo Dia (in memoriam”) de José Eduardo de Andrade Vieira, para a qual o presidente do Diário Indústria e Comércio, Odone Fortes Martins, está convidando.

Ex-ministro de Estado, nos governos FHC e Itamar Franco, José Eduardo presidiu o Banco Bamerindus do Brasil e foi um paranaense de grande expressão nacional no século passado.

Catedral de Ponta Grossa
Catedral de Ponta Grossa

Como jornalista, tive poucos contatos com José Eduardo. O mais significativo deles, no final dos anos 1980, quando o jornalista Geraldo Bolda, então um dos auxiliares próximos do banqueiro, convocou-me (e me contratou) para escrever o discurso que José Eduardo de Andrade Vieira faria, na Catedral de Ponta Grossa, ao receber a Comenda da Ordem Equestre de São Gregório Magno, uma das cinco ordens pontifícias. Foi criada em 1831 pelo papa Gregório XVI.

PARA JOSÉ EDUARDO (2)

Para mim, foi uma tarefa difícil, em face do curtíssimo prazo que me foi dado, de 24 horas, para entregar – em texto final – o discurso. Era um tempo em que a Internet não dominava nossas vidas, estava apenas nascendo em outras plagas.

Minha primeira iniciativa foi pesquisar na Biblioteca Pública, em busca da Enciclopédia Católica e outros livros, alguns sobre heráldica e comendas.

Passei a entender que a Santa Madre só concede tal honraria (Grã-cruz de primeira classe/Cavaleiro) a personalidades que tenham prestado relevantes serviços à Humanidade e à Igreja Católica.

PARA JOSÉ EDUARDO (3)

Não entendi bem, e não encontrei ninguém que me explicasse o significado que encontrei de um privilégio dado aos que recebem a comenda: o de “poder andar a cavalo dentro da Basílica de São Pedro”. É isso mesmo…

Outros privilégios talvez o ex-ministro tenha usufruído, como o de ser saudado pela Guarda Suíça, quando em visita ao Vaticano; receber o tratamento de Excelência e ter a precedência sobre as outras ordens pontifícias.

José Eduardo, como bom cristão, deve ter feito – antes ou depois da entrega da comenda – expressiva doação para a construção da nova Catedral, que o então habilíssimo bispo diocesano, dom Geraldo Pellanda, estava construindo.

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