Por Cel. Audilene Rosa de Paula Dias Rocha – ClovisPontes
O consumo de drogas é pernicioso à sociedade e devasta famílias e indivíduos. Apesar do potencial destrutivo, seu consumo tem se alastrado, perpassando civilizações. As pessoas usam drogas para eliminar a angústia existencial, ter experiência sobrenatural ou mística e obter prazer, por isso, independentemente do nível educacional e socioeconômico, a presença das drogas, lícitas e ilícitas, tem se tornado muito comum.
Embora o uso de drogas ilícitas tenha relação com a criminalidade e a violência, o álcool é o mais usado entre adolescentes e jovens. O abuso na utilização de substância alcoólica é uma das principais causas de acidentes de trânsito e agressões, seja no ambiente familiar ou social.
Importante salientar que a Organização Mundial de Saúde considera a adolescência entre 10 e 19 anos enquanto a Organização das Nações Unidas define entre 15 e 24 anos. Já o Brasil, legalmente, estabeleceu a adolescência entre 12 e 18 anos (incompletos). Indiscutível que o abuso de substâncias lícitas ou o uso frequente das ilícitas repercutem no desempenho escolar e nas habilidades cognitivas e comportamentais e geram dificuldades nos relacionamentos familiares e sociais.
Fatores genéticos, psicológicos, familiares, socioeconômicos e culturais contribuem para levar adolescente ou jovem ao uso de drogas, por isso há necessidade de atenção integral nas ações de promoção de saúde e de prevenção. Outro aspecto importante, que merece ampla discussão, é o uso e abuso de drogas lícitas como álcool, tabaco, tranquilizantes e outras, haja vista o consumo inadequado, apesar da existência de legislação a respeito.
Ressalte-se que a responsabilidade do tratamento de dependência química é da área da saúde, entretanto, esse setor, isoladamente, não consegue suprir a demanda, porque as causas e também as consequências, permeiam diversos aspectos da vida humana, ou seja, precisa de abordagem integral, de forma a tratar todas as facetas do ser humano. Faz-se necessária a integração e a efetivação de políticas públicas que envolvam saúde, ação social, educação, segurança pública, cultura, esporte e lazer, poder legislativo, judiciário, ministério público, família, e os próprios adolescentes e jovens para promover as mudanças no tocante à prevenção, à assistência e à promoção da saúde concernente ao uso de drogas.
Lembre-se! Segurança pública é dever do Estado, mas responsabilidade de todos.
Abraços a todos(as) e que Deus os(as) abençoe!
Coronel PM RR Audilene Rosa de Paula Dias Rocha