Morreu na manhã desta quarta-feira (10), no Rio de Janeiro, o jornalista Paulo Henrique Amorim, aos 76 anos, vítima de enfarte

Amorim atuou nas redações da Rede Globo, TV Bandeirantes, TV Manchete e das revistas VEJA e Realidade, entre outros veículos. Seu último emprego foi na TV Record, mas estava fora do ar desde o mês passado, quando foi afastado do programa Domingo Espetacular.
O jornalista deixa a esposa, Geórgia Pinheiro, e uma filha.
‘Olá, tudo bem?’: a trajetória de Paulo Henrique Amorim e seus momentos controversos
DO METRO JORNAL
O jornalismo brasileiro perdeu nesta quarta (10) um de seus nomes mais populares. Paulo Henrique Amorim, dono de um dos bordões mais imitados e com um extenso currículo, sofreu um infarte e não resistiu.
O profissional nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 22 de fevereiro de 1942, filho do também jornalista Deolindo Amorim – grande estudioso do espiritismo. Apesar de exercer a função de comunicador, Paulo Henrique se formou em Sociologia e Política.
Sua carreira começou no jornalismo impresso em 1961, no jornal carioca A Noite. Depois, foi contratado pela editora Abril como repórter e correspondente internacional, trabalhando em revistas como Realidade e Veja.
Na televisão, passou pela TV Manchete e a Globo, onde apresentou programas como o Fantástico. Ainda esteve na TV Cultura, com o talk-show Conversa Afiada.
POLÊMICAS JUDICIAIS
Ao apresentar o Jornal da Band, em agosto de 1998, ele acusou o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva de adquirir um apartamento e carro de maneira ilegal. O político provou o contrário e ganhou na Justiça o direito de resposta.
O apresentador também chegou a ser condenado por injúria e difamação em diversos casos. Processaram (e venceram) pessoas como o jurista Gilmar Mendes, atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ali Kamel, diretor geral de jornalismo da Globo, e Lasier Martins, atual senador pelo Rio Grande do Sul.
FORA DA RECORD

Desde 2003, Amorim passou a trabalhar na Record TV, então Rede Record. Seu último trabalho na emissora foi a apresentação do Domingo Espetacular, programa que comandava desde 2006. No fim do mês passado, no entanto, ele foi afastado do programa.
O caso repercutiu após bastidores da área afirmarem que o profissional deixou a revista eletrônica por fazer críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro. A emissora, em nota, negou motivos políticos.
OLÁ, TUDO BEM?
Durante sua carreira, o bordão “Olá, tudo bem?” ficou famoso e rendeu muitas imitações – aprovadas pelo apresentador, que as consideravam uma “alegria”. Paulo Henrique Amorim deixa o jornalismo brasileiro aos 77 anos.
“PIG”
Criador do termo “PIG”, o “Partido da Imprensa Golpista”, PHA (como era conhecido) trabalhou ao longo de seis décadas em praticamente todos os grandes grupos de comunicação do país, tornando-se a partir de 2006 um crítico ferrenho do jornalismo praticado pelos grandes meios de comunicação ao lançar o blog Conversa Afiada e cunhar, tempos depois, a sigla “PIG”.