(Por Rodolpho Feijó, correspondente da coluna em Londres).
Nada de novo na mais recente investida do presidente russo em seu plano expansionista.
O que vimos foi o típico comportamento de Vladimir Putin: transformar o discurso de vítima injustiçada em intervenções agressivas e hipócritas.
Com o endosso das oligarquias, Putin oficializou ao parlamento o pedido de anexação da Crimeia ao território da federação. Mas, por trás das cenas, é a pesada mão de ferro da KGB quem continua movimentando as peças deste complicado jogo xadrez.
AMÉRICA POENTE
Em Washington o presidente Barack Obama anunciou uma série de sanções econômicas para impedir a compra de suprimentos bélicos e isolar Moscou.
O Pentágono subestimou as pretensões do Kremlin e agora corre atrás do prejuízo através do popular John Kerry – que substitui a baixa credibilidade de Obama na comunidade internacional.
A União Europeia engrossa o coro. O primeiro-ministro britânico David Cameron defendeu uma “robusta” reprimenda ao unilateralismo russo.
A próxima semana será marcada por uma nova rodada de negociações, desta vez com a presença do presidente Obama na Europa.
É tudo que Vladimir Putin mais quer.