“As Vozes da Cidade” é o nome da exposição – aberta no MON, semana passada – que sintetiza a obra criativa do arquiteto e urbanista Jaime Lerner. Croquis, desenhos, maquetes, painéis, fotos, vídeos, modelos ilustram a criatividade transformadora de um artista foi capaz de fazer de uma cidade cinzenta e quase muda, numa Curitiba modelar para tantas outras cidades do país e do mundo.
Além da exposição, também foi lançado o livro “Quem cria nasce todo dia”, editado por Fábio Campana (Travessa dos Editores).
Nele, Lerner gravou suas memórias que, certamente, foram e são determinantes na sua cuidadosa arte de transformar cidades sem que suas vozes sejam desafinadas e nem percam o brilho.
2 – RECORDANDO
Lerner foi três vezes prefeito e duas vezes governador. Despertou invejas de morte, principalmente naqueles seres carentes de luz e genialidade.
Mas, muito mais do que despertar invejas e ciúmes, conquistou, admiradores fieis. Fãs curitibanos e não curitibanos, pois, Jaime é de Curitiba, da velha Rua Barão do Rio Branco – onde aprendeu a vender roupa e calçados e, também, a perceber o que é urbano e do que gosta o homem da cidade – e ele é, ainda, sem perder sua curitibanice, cidadão da moderna Seul, de Paris ou de Nova York.
3 – ENTRE AMIGOS
Na noite de abertura da exposição, Jaime circulava entre amigos e companheiros de tantas ocasiões da sua vida de político e urbanista.
Cumprimentava e recebia abraços dos amigos que arrumavam algumas palavrinhas para serem ditas naquela ocasião concorrida.
Entre um e outro, uma foto, um sorriso, uma palavra bem humorada. No entanto, não há nada de extraordinário em andar e ser fotografado entre os amigos. Mas, atrair aqueles que só o conhecem por sua obra, que o admiram pela sua capacidade, pela Curitiba que desenhou, pelo inigualável carisma – apesar da sua irremediável timidez – é algo fantástico.
Jaime saiu da vida pública há 12 anos, uma eternidade nestes tempos vorazes, no entanto, há uma legião de admiradores que não deixam de se fazer presentes em ocasiões onde o mestre da acupuntura urbana é homenageado.
4 – ILANA
Na noite de abertura da exposição no Museu Oscar Niemayer os presentes eram muitos: Ilana Lerner Hoffmann com a filha Liana, Mauricio Schulman, Sara Schulman, Júlio Rotenberg, Manoel Coelho, Fábio Campana, Isaac Baril, Léa Lerner, Clarita e Henrique Naigboren, Siomara Paciornik Schulman, Jaime Suniê com sua irmã, a jornalista Carmen Suniê e seu filho Pedro, Zalmen e Regina Chameki, Jaime Guelman, Gerson Guelman, Rosane Cardoso, Peggy Distefano, Eduardo Guimarães, Fernando e Sabine Sabag, Maria Elisa Feraz Paciornik, Carlos Deiró, Bernardo Bittencourt Neto, Eduardo Virmond, Antonio Carlos da Costa Coelho e centenas de outros s que foram abraçar o amigo Jaime.