No dia 18 de outubro de 2001, a crônica esportiva paranaense assistia ao sepultamento da jornalista Sônia Regina Machado Nassar, a primeira mulher a trabalhar regularmente no setor da imprensa esportiva. Nascida em 5 de outubro de 1951, Sônia, por ocasião do falecimento, há 31 anos integrava a equipe jornalística dos jornais “Tribuna do Paraná” e “O Estado do Paraná”, então pertencentes ao Grupo Paulo Pimentel.
IRONIA DO DESTINO
Também no dia 17 de outubro de 2001, ironicamente, a Tribuna do Paraná completava 45 anos de vida. Sônia, driblando todos os entraves e preconceitos, foi a pioneira do sexo feminino a então estar presente na antessala dos vestiários dos estádios de futebol, abrindo caminho às novas gerações de mulheres jornalistas.
RÁDIO, O INÍCIO
Além da longa folha corrida nos dois jornais, Sônia Nassar fez carreira em várias emissoras de rádio locais. O início foi na Rádio Guairacá, ao lado d jornalistas esportivos como Machado Neto, Nestor Baptista e outros. Depois, vieram as rádios Universo, Capital, Globo, Paraná e Clube, além de ter sido correspondente da Rádio Bandeirantes, de São Paulo.
RUBRO-NEGRA ASSUMIDA
Torcedora fanática do Clube Atlético Paranaense, chegou a conselheira do clube, enquanto faixas, pôsteres e fotos de atletas e do clube decoravam as paredes de sua casa. Mas, profissionalmente, era isenta. Sônia abriu as portas para uma nova geração de mulheres que labutam na área esportiva de Curitiba e do Paraná. Morreu aos 50 anos, mas até hoje é o símbolo de um novo tempo iniciado ainda nos anos 1970, quando o futebol, especificamente, fazia parte do chamado “Clube do Bolinha”. Fica a lembrança.