Nova rápida e pequena ‘amostra’ do conteúdo de Vozes do Paraná 6, que estarei lançando na segunda-feira, dia 25, no solar Vila Sophia (Rua Barão de Antonina, esquina de Mateus Leme em Curitiba), é esse excerto que segue, sobre o premiado jornalista Mauri Konig.
Ele é um dos personagens dessa seleção de paranaenses notáveis em que aparecem, por exemplo, Mário De Mari, Ivo Simas Moreira, Fernando Fontana, João José Werzbitzki, Mara Cornelsen, Adalice Araújo, Pedro Muffato, Assis Gurgacz, Maria Elisa Paciornik, Paulo Francisco Borsari Neto, Saul Raiz, Miguel Krigsner, Anderson Furlan, Léo Kriger, Paulo MacDonald, Nilson Monteiro, José Rodolpho Gonçalves Leite (Doti), Luiz Fernando Pereira, Clèmerson Clève…
1 – FUGINDO DA “BANDA SUJA”
“…Mauri não mais é uma “pérola rara escondida” em Curitiba. Desde que fugiu, anos atrás de Foz do Iguaçu, onde vivia sob ameaças de morte decretadas por policiais da banda pobre local, bandidos, ele se estabeleceu em Curitiba, atuando na Gazeta do Povo.
Claro que não tem uma vida comum, não é um cidadão livre, no sentido lato da palavra, pois sabe-se muitas vezes vigiado. Ora por policiais corruptos ou enredados em atos suspeitos de corrupção, na maioria das vezes pelo banditismo poderoso e sem limites. Até por isso, viu seu primeiro casamento desfazer-se e mantém os filhos adolescentes sob o mais severo regime de segurança, com temores de represálias à sua ação jornalística.
2 – NOME INTERNACIONAL
Mauri não é mais o filho do pequeno agricultor gaúcho que se estabeleceu no Oeste do Paraná. Hoje é um nome internacional. Sem exagero, sem concessões ao hiperbólico.
O fato de ser premiado em instituições internacionais norte-americanas, como aconteceu em 2013, mais uma vez, não o fez mudar. Mantém um círculo restrito de amigos, circula pouco, não se expõe, até para poder trabalhar melhor.
Tímido, reservado, pouco se expõe, prefere o lazer de uma leitura por vezes exigente, com Gil Vicente e Shakespeare, heranças de sua graduação em Literatura, na Unioeste, diploma conquistado antes de graduar-se na primeira turma de Jornalismo da mesma universidade.
Nunca quis ser professor, nem escritor. Na época fez Letras por falta de opção. Na verdade, queria apenas se expressar, fazer sua catarse, passar para os leitores aqueles mundos de contradições que ia captando.
3 – DAS LETRAS AO JORNALISMO
Das Letras ao Jornalismo, a distância “não foi grande”, costuma dizer.
E escolheu o Jornalismo como uma espécie de imperativo de sobrevivência.
Não saberia viver sem ele. “O jornalismo sempre me pareceu o melhor caminho para denunciar as contradições e as injustiças que campeiam ao derredor”, costuma explicar.