![Wilson Bueno, o escritor](https://muraldoparana.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Wilson-Bueno-II-230x300.jpg)
Wilson Bueno (Jaguapitã, 13 de março de 1949 – Curitiba, 31 de maio de 2010) vai ter sua novela “Mar Paraguayo” postumamente editada no Canadá.
Não se pode dizer que o livro terá o texto em uma só língua, já que a obra foi escrita em português, espanhol e guarani. Os canadenses estão procurando fazer com que o texto se mantenha fiel às intenções do autor.
Os editores “Erin Moure”, já que o Canadá é uma nação bilíngue, optaram por promover a versão do texto numa “mistura” de francês e inglês, mantendo o guarani. Inicialmente se pensou em fazer a versão do guarani para o “mohawk” (língua da maioria dos indígenas que habitavam o território canadense), porém a tradutora preferiu manter o guarani.
2 – FICCIONISTA, CRONISTA E POETA
Além de jornalista, o escritor Wilson Bueno escreveu textos de ficção, crônica e poesia. Nascido no interior do Estado, chegou criança a Curitiba, onde descobriu manifestou-se sua vocação literária, publicando 16 livros. No jornalismo, teve atuação marcante como editor de “Nicolau”, jornal literário publicado mensalmente pelo governo do Estado do Paraná, atualmente com uma edição fac-similar no prelo, sob os auspícios da Secretaria estadual da Cultura.
3 – LANÇADO POR LEMINSKI
![Paulo Leminski](https://muraldoparana.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Paulo-Leminski-RTEmagicC_le-150x150.jpg)
Estreou em livros com apresentação de Paulo Leminski, entusiasta da coletânea de contos “Bolero’s Bar”. A década de 90 foi fecunda para Wilson, com o lançamento sucessivo de “Manual da Zoofilia”, da novela “Mar Paraguayo”, “Ojos de água”, ”Cristal”, ”Pequeno tratado de brinquedos“, “Medusario” e “Jardim zoológico”.
Em 2000 ganhou a Bolsa Vitae de Literatura, a mais expressiva bolsa literária brasileira, com o romance “Amar-te a ti nem sei se com carícias”, adotado como leitura obrigatória do Vestibular Unificado/2005, da UFMS. Em 2006, o livro “Cachorros do céu” foi finalista no Prêmio Portugal Telecom de Literatura. A obra “Meu Tio Roseno a Cavalo” foi finalista no Prêmio Jabuti de Literatura em 2001.
Vieram depois: Diário Vagau (2007), Pincel de Kyoto (2007), Canoa Canoa (2007) e A Copista Kafka (2007).
![Francisco Cunha Pereira](https://muraldoparana.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Francisco-Cunha-Pereira-gd_-150x150.jpg)
4 -CARREIRA JORNALÍSTICA
Wilson Bueno começou a publicar aos 14 anos no Diário Popular. Aos 16 anos foi contratado pela Gazeta do Povo, após apresentar um conto ao “Doutor Francisco”. Mesmo após ter se mudado para o Rio de Janeiro aos 18 anos, continuou mandando suas crônicas para o jornal. Foi para a Rádio Globo, e aos 23 anos já era chefe da redação. Trabalhou também nas rádios Tupi, Tamoio, Nacional e foi parar no O Globo. Fundou o suplemento da Tribuna da Imprensa sob o governo Médici, sendo o único espaço em jornal de circulação diária a “furar” a censura ditatorial.
5 – COM REYNALDO JARDIM
![Sergio Chapelin](https://muraldoparana.com.br/wp-content/uploads/2014/08/sergio_chapelin_interna1-150x150.jpg)
Voltando a Curitiba, montou com o carioca Reynaldo Jardim, o jornal Curitiba Shopping, que editou sozinho do 3º ao 79º número. Depois começou a fazer matérias de capa da revista Atenção. Quando José Richa foi eleito governador, se tornou assessor de imprensa do Teatro Guaíra. Algum tempo depois, convidado por Sergio Chapelin para trabalhar no SBT, mudou-se novamente para o Rio de Janeiro. O quadro a seu encargo era “Essa é a sua vida”. Mas quando Chapelin voltou para a Rede Globo, Bueno retornou a Curitiba. Depois disso, trabalhou no Jornal do Brasil, na revista Ideias (de Fábio Campana), foi cronista dominical do jornal O Estado do Paraná, colaborador regular do caderno cultural do jornal O Estado de S. Paulo e na internet colaborava com a revista Trópico, do site UOL.
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