Assessoria – Estudos indicam que diminuir em 10% a velocidade média no trânsito pode reduzir até 40% dos acidentes graves. Em Curitiba, o Programa Vida no Trânsito, iniciado em 2011, alcançou resultados notáveis até 2022: a mortalidade em acidentes caiu 49,5%. A mudança no limite de velocidade, de 60 km/h para 50 km/h em grande parte da malha viária da capital, também foi uma das ferramentas dessa evolução. Uma solução que já é utilizada em Genebra (Suíça) há 20 anos. Mas apenas reduzir a velocidade não é suficiente, se não houver fiscalização.
Novas tecnologias em radares estão garantindo a possibilidade de um monitoramento que vai além dos níveis de velocidade. Utilizando o chamado efeito doopler, atrelado ao laço digital – radares instalados em cidades como Curitiba, São Paulo, Goiânia e Salvador – tem como diferencial – detectar o comportamento do motorista como, por exemplo, o uso do cinto de segurança e do celular. Os equipamentos conseguem registrar tudo o que estiver até uma distância de 100 metros antes e depois do seu ponto de instalação com muita precisão, diferentemente dos radares que utilizam apenas sensores no chão.
“O tema da campanha Maio Amarelo 2025: “Mobilidade Humana, Responsabilidade Humana” e que tem como mote: “Desacelere. Seu bem maior é a vida” – convida os motoristas a desacelerar não somente ao volante – já que o excesso de velocidade é a maior causa de mortes no trânsito – mas também a reduzir o ritmo frenético do dia a dia, da pressa, da desatenção por causa do uso do celular e das atitudes individualistas no trânsito”, explica o especialista em mobilidade urbana e diretor-presidente da Velsis, empresa fabricante de soluções em mobilidade, Guilherme Araújo.
Curitiba fiscaliza 883 faixas de trânsito
A capital paranaense conta com as tecnologias mais inovadoras em mobilidade. Mas a simples redução de velocidade não é efetiva se não houver fiscalização. Hoje, 883 faixas em Curitiba são monitoradas eletronicamente (38 locais com 79 faixas monitoradas com lombadas eletrônicas e 155 locais com 804 faixas monitoradas com radares), contribuindo para o controle de infrações.
Apenas da fabricante de soluções em mobilidade Velsis são 144 equipamentos e 402 faixas monitoradas. Nos quatro primeiros meses de 2025, Curitiba emitiu 407.755 notificações de infrações de trânsito, 65% delas registradas pelos equipamentos eletrônicos. Os dados são do Portal da Transparência dos Radares, da Prefeitura de Curitiba
Entre as principais infrações, a maior foi “Transitar em velocidade superior à máxima permitida, em até 20%”, com 44% do total de infrações (182.508 multas). Em sexto lugar ficou “Transitar em velocidade superior à máxima permitida, em mais de 20% e até 50%”, com 19.855 infrações (4,8% do total). Isso mostra o quanto os condutores curitibanos ainda desrespeitam os limites de velocidade, mesmo após tantos trabalhos de conscientização e fiscalização.
Do 2º ao 5º lugar das infrações ficaram: sair da faixa permitida para veículos (10%), não identificar condutor do veículo pessoa jurídica (9,8%), usar o estacionamento rotativo de forma irregular (7%) e avanço de sinal vermelho (5%).
Radar Doppler: precisão e alcance
O radar Doppler, uma das soluções fabricadas pela Velsis, emite sinais de rádio contínuos que, ao refletir em veículos, retornam com variações de frequência proporcionais à velocidade. Além da leitura de velocidade dos veículos, o equipamento capta também motociclistas que passam entre faixas e motoristas que tentam driblar a fiscalização passando pelo acostamento.
“O Doppler é uma tecnologia não intrusiva. Ou seja, não precisa de cortes no pavimento, como os radares com laços inseridos no asfalto, o que traz mais flexibilidade e menos custo na instalação. O equipamento tem alcance de até 100 metros antes e depois do ponto de fiscalização, impedindo reduções momentâneas de velocidade. A solução viária também identifica placa, marca e cor de veículos furtados ou com IPVA vencido”, explica Guilherme Araújo, diretor-presidente da Velsis.
Tecnologia Velsis de mobilidade urbana
Desde 2005, a Velsis oferece alta tecnologia para cidades e rodovias e opera soluções de mobilidade em 19 dos 26 estados brasileiros. Além de possuir operações por todo o Brasil, também implantou seus sistemas de fiscalização de trânsito em El Salvador e México.
E entre as tecnologias não há só radares. A Velsis ainda tem soluções como o Free Flow (pagamento de pedágio sem precisar parar na rodovia); o Sinatra VS, que foi utilizado no Carnaval de Salvador (BA) e pode fazer o controle de tráfego de veículo em locais de circulação restrita; o Falcon VS, sistema que integra diversas ferramentas de segurança pública; entre outros produtos que tornam as cidades mais inteligentes e conectadas.