A saída de Ilana Lerner da direção da Biblioteca Pública do Paraná surpreendeu a muitos. Mas não aos que, mais próximos, sabiam que isso iria acontecer – mais cedo ou mais tarde -, por conta da necessidade dela cuidar do legado de seu pai Jaime Lerner. Quando a entrevistei longamente para meu livro Vozes do Paraná, voluma 12, Ilana já deixava antever essa possibilidade de saída. Só não mencionou data.
Nos meios culturais, a presença de Ilana na BPP, se prejudicada pela pandemia, expôs, no entanto, a sua criatividade e a capacidade de adaptação ao momento. Ela mereceu todos os aplausos: adaptou a vida da BPP aos meios digitais, promoveu cursos, concursos e atividades de lazer inteligente usando os recursos da TI, e obedecendo todas as determinações das autoridades sanitária.
Acho que Ilana, daqui para diante, deverá ser encontrada todo dia na sede do Instituto Jaime Lerner que, por direito, lhe cabe comandar. E do qual já era diretora. Mas conhecendo bem, como conheço Ilana, ela deverá fortalecer a equipe restante na casa, comandada pela arquiteta Valéria Bechara com quem poderá dividir o comando do mais importante escritório brasileiro de urbanismo. Tem clientes mundo afora, e em todo o Brasil. Salvem a Ilana e a Valéria.