quarta-feira, 9 outubro, 2024
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Guerra na Ucrânia: União Europeia e EUA rebatem críticas de Lula

Agência DW – A Comissão Europeia e a Casa Branca rejeitaram nesta segunda-feira (17) as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao papel da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos na guerra na Ucrânia.

No último domingo, em visita aos Emirados Árabes, Lula acusou os EUA e a Europa de prolongarem o conflito em solo ucraniano. “A paz está muito difícil. O presidente [da Rússia Vladimir] Putin não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia, Volodimir] Zelenski não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”, afirmou o petista.

O porta-voz da Comissão Europeia para Negócios Estrangeiros e Políticas de Segurança, Peter Stano, rebateu as acusações e defendeu a postura adotada pelos aliados ocidentais.

“Não é verdade que os EUA e a UE estejam ajudando a prolongar o conflito. A verdade é que a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal, uma violação da Carta das Nações Unidas”, afirmou o representante de Bruxelas.

“É verdade que a UE, os EUA e outros parceiros ajudam a Ucrânia em sua legítima defesa”, disse Stanos, ressaltando que a outra opção seria a “destruição” do país.

“Mal orientado”

Os EUA também rebateram de maneira incisiva as críticas do chefe de Estado brasileiro. O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, acusou Lula de “papaguear” propaganda russa e chinesa sobre a guerra e disse que o petista estaria “simplesmente mal orientado”.

“É profundamente problemático como o Brasil abordou essa questão de forma substancial e retórica, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra”, disse Kirby.

“As declarações mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia como uma concessão pela paz são simplesmente equivocadas, especialmente para um país como o Brasil, que votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial na Assembleia Geral da ONU”, concluiu.

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