
Eduardo Rocha Virmond, um jovial e ativíssimo octogenário, mantém acesa a chama que o identifica como paranista notório. Exercitou muito dessa marca ao presidir a Ordem dos Advogados do Brasil-PR, anos 1980. Depois, acentuo suas preocupações com a cultura paranaense e, especialmente, com notáveis vultos de nossa história recente, quando presidiu a Academia Paranaense de Letras (APL).
Dou dois exemplos dessa catequese de Virmond em torno de nossa memória histórica: “Sempre me preocupei com o esquecimento que pode atingir Gaspar Velloso e Brasil Pinheiro Machado”, diz atribuindo grande parte dessa possibilidade ao fato desses dois personagens de nossa História pouco – muito pouco – terem deixado escrito. Mas tiveram obra fecunda.
2 – LÍDER DE KUBITSCHECK

No caso do senador Gaspar Velloso, pouco lembrada é sua vida como congressista. Mas foi importante: “Não se pode esquecer que ele – um pessedista notável – foi líder do Governo de Juscelino Kubitscheck”, recorda Virmon.
Brasil Pinheiro, que foi governador interino nos anos 1940, depois da Interventoria de Manoel Ribas, teve enorme influência na Universidade Federal do Paraná. Lá o historiador formou gerações de novos valores, “teve um efeito multiplicador de conhecimentos imensurável”, avalia Virmond.
3 – “RASTREAMENTO”
Nos planos de Virmond está a possibilidade de fazer um amplo “rastreamento”, em busca do pouco que tenha ficado, escrito, das fecundas aulas de Pinheiro Machado.
Quanto a Gaspar Velloso, Virmond já consumou uma parte importante: fez uma sessão solene na APL e entregou aos dois filhos do senador – Fernando e Roberto – uma placa que registra a homenagem.