Agência DW – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, vai participar pessoalmente da cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, disseram autoridades ucranianas e ocidentais nesta sexta-feira (19). No mesmo dia, o grupo das maiores economias do mundo em democracias liberais anunciou novas sanções contra a Rússia, elevando a pressão sobre Moscou no cenário de uma cidade que é símbolo dos horrores da guerra nuclear.
A viagem surpresa de Zelenski será a primeira dele à Ásia desde o início da guerra promovida pelas russos, bem como a mais distante de seu país. Ela dará ao ucraniano a oportunidade de encontrar aliados importantes, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e líderes de potências que não integram o G7 mas foram convidados, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após uma viagem recente pela Europa, espera-se que Zelenski pressione mais uma vez a demanda de Kiev por caças modernos fabricados nos EUA, entre outras questões.
“Tínhamos certeza que nosso presidente estaria onde a Ucrânia precisasse dele, em qualquer parte do mundo, para resolver a questão da estabilidade de nosso país”, afirmou Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, ao confirmar a presença de Zelenski na cúpula em rede nacional.
“Assuntos muito importantes serão decididos lá, então a presença física é uma coisa crucial para defender nossos interesses”, completou. Até então, esperava-se que Zelenski participasse da reunião por meio de uma videochamada no domingo.
Ele deve chegar ao Japão no sábado à noite, segundo uma fonte envolvida com o assunto que não quis se identificar. A Casa Branca se recusou a comentar.