
Dizer que o Hospital Evangélico de Curitiba é obra essencial à vida da cidade é quase desnecessário. Basta que se lembre que cerca de 90% do atendimento que hospital presta se volta à clientela do SUS.
Mas a “herança maldita” que os atuais administradores da Sociedade Evangélica Beneficente (SEB) receberam ao fim de 20 anos de controle pelo grupo do deputado federal André Zacharow continua gerando enormes dificuldades.
Por exemplo: o hospital sofre um déficit mensal de R$ 1 milhão. Isso sem contar as limitações impostas à SEB em decorrências de suspeitas emendas orçamentárias federais, vetadas pelo Tribunal de Contas da União (em 2011). Essas emendas foram geradas por Zacharow para ‘formar guias de turismo para a Copa do Mundo’.
O TCU achou suspeita a liberação de tais recursos.
EVANGÉLICO E O HSBC (2)

Enquanto prepara uma grande campanha estadual de doações para o Hospital Evangélico de Curitiba – numa solenidade marcada para dia 27 deste mês, a partir de “um abraço” ao edifício do HE -, a instituição fortemente apoiada por igrejas evangélicas tinha, no final de semana, motivos fortes para comemorar.
Trata-se do seguinte: o TRT do Paraná condenou o HSBC a pagar multa de R$ de 2,5 milhões por haver cometido grave infração às leis trabalhistas: durante anos, o banco espionou empregados que se encontravam em gozo de licença de saúde, em busca de descobrir se eles estavam exercendo, no período, alguma outra atividade remunerada.
O bom da história: O TRT do Paraná mandou o HSBC dividir a multa, em doações ao Evangélico e ao Pequeno Cotolengo.
Uma notícia “realmente boa”, diz o presidente da SEB, João Jaime Ferreira.