Por anos, um agente da Polícia Civil do Paraná, amedrontou o mundo dos políticos de oposição ao governador Roberto Requião. Quem quiser se dar ao trabalho de entender o imbróglio em que se meteu o ex-governador, protetor do agente de polícia Délcio Razera, pode pesquisar os noticiários envolvendo o tira e o segundo Governo de RR.
O policial, que estava à disposição do Palácio, dedicava-se a gravar telefonemas e fazia gravações de toda ordem, para identificar inimigos de RR e confirmar ações de notórios opositores ao governador. Tudo, é claro, sem autorização judicial. Grampo ilegalíssimo.
No final da história, descoberto e às voltas com a justiça, Razera acabou flagrado em seu “bunker”, de posse de moderno equipamento de gravação telefônica e de conversas até em ambientes abertos.
Agora, Requião queixa-se de que seria vítima de sites “fakes”, montados por anônimos, para denegrir sua imagem e combater sua campanha.
“MARIA LOUCA”, O SITE
Um deles, o “Maria Louca”, outro, o “Guilherme Sell”.
Mais dizem os assessores de Requião: a central de ‘calúnias’ estaria localizada num bunker do Palácio Araucária e até mesmo a Celepar estaria envolvida no embrulho.
A história – se verdadeira – estaria, então, apenas a se repetir, com novos atores e novas tecnologias… Se verdadeira…
Esclareça-se: Guilherme Sell é o nome de um jovem jornalista. Ao que me conta, ele não tem envolvimento político. Estava, até semanas atrás, morando e trabalhando no Rio.
Quanto ao “Maria Louca”, o nome desse site faz mesmo lembrar um dos episódios mais emblemáticos da flacidez do mundo político. O cognome nasceu assim: em franca beligerância com o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, Requião foi por ele apelidado de “Maria Louca”. Brigaram feio, agressões e baixarias sibilaram a beligerância até que um dia voltaram a ser amigos.
O curioso é que nunca se descobriu o porquê do apelido “Maria Louca”.