Assessoria – Desde a última quarta-feira (12), a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba está ocupando as salas de cinema da capital paranaense com longas e curtas-metragens nacionais e internacionais.
Mais de 10 mil pessoas já foram conferir as produções durante os primeiros dias da programação, que vai até o dia 20 de junho.
A abertura oficial da edição ocorreu na Ópera de Arame com a estreia do aguardado longa de Marcelo Gomes, “Retrato de um Certo Oriente”, em um telão de mais de 470 polegadas. A sessão exclusiva contou com um público de mais de 1.500 pessoas que assistiram em primeira mão a adaptação da obra de Milton Hatoum, “Relato de um Certo Oriente”, ganhador do Prêmio Jabuti. Tanto o autor, quanto o cineasta estiveram presentes na premiére, que contou com cineastas e convidados de todo o Brasil.
Recorde de público
Por mais um ano, o Olhar de Cinema bateu recorde de ocupação de um único dia das salas do Cine Passeio.
“Estamos com alta adesão do público no Olhar de Cinema para as mais variadas mostras. Desde quarta-feira, estamos com várias sessões esgotadas de estreias de filmes já aguardadas pelos cinéfilos de plantão, assim como de clássicos reapresentados em versão restaurada no cinema. Ainda temos várias exibições pela frente nas salas de cinema, assim como diferentes seminários sobre assuntos variados da sétima arte, que são abertos ao público e transmitidos de forma online”, comenta Antônio Gonçalves Júnior, diretor do Olhar de Cinema.
Até a quinta-feira (20), o festival exibe várias produções, como a estreia nacional do filme “Praia Formosa”(Brasil | 2024 | 90’), primeiro longa de ficção da cineasta Julia De Simone, que conta a história de Muanza, uma mulher oriunda do Reino do Congo, que foi traficada para o Brasil no século XIX e desperta nos dias atuais no Rio de Janeiro; a estreia mundial de “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Brasil | 2024 | 73’), de Fernanda Bond e Valentina Homem, que explora as relações de cuidado entre mulheres, refletindo sobre a quem pertence a tarefa do cuidado, social e historicamente, na sociedade; e da estreia da versão digitalizada do curta “A Guerra do Pente” (Dir. Nivaldo Lopes | Brasil | 1986 | 45’), que aborda um dos mais conhecidos acontecimentos históricos da capital.
Praia Formosa
Ambientado na região portuária do Rio de Janeiro, Praia Formosa entrelaça ficção, documentário e fantasia, ao contar uma história de irmandade e afeto que mistura passado e presente. A obra será exibida nesta segunda (17), e terça (18), no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Vale destacar que a obra será reexibida no dia 18 de junho. Em janeiro de 2024, o filme também conquistou destaque internacional, sendo exibido no renomado Festival de Cinema de Rotterdam, na Holanda.
Praia Formosa é um longa-metragem produzido por Anavilhana, Mirada Filmes, Uma Pedra no Sapato e distribuído pela Olhar Filmes. O longa foi roteirizado, produzido e dirigido por Julia De Simone, e conta com um elenco de peso, com nomes como Mãe Celina de Xangô; Maria D’Aires; Samira Carvalho e Lucília Raimundo, interpretando a personagem principal “Muanza”.
A obra conta a história de Muanza, mulher congolesa traficada para o Brasil no século XIX, que desperta nos tempos atuais no Rio de Janeiro e se depara com uma cidade de tempos embaralhados. Neste cenário, ela inicia uma busca pessoal por suas origens e compreensão da própria história. A narrativa desdobra-se revelando a irmandade e união entre duas mulheres, contada através de uma perspectiva de afeto e amizade capaz de transcender o tempo. E é através do contorno urbano que o filme investiga como a estrutura colonial se mantém nos dias de hoje.
Praia Formosa surgiu a partir de uma pesquisa sobre os processos de urbanização da região portuária e as contradições da “Pequena África”. A diretora do filme, Julia De Simone, conta que a gentrificação e as reformas urbanas a inspiraram a realizar a pesquisa que culminou no filme: “Praia Formosa é o último filme de uma trilogia sobre a região portuária. Há 12 anos venho filmando as transformações urbanas e investigando os processos de formação da cidade. O filme surge de um desejo de investigação sobre esse território e por entender a cidade para além de sua imagem turística vendida como produto de exportação. Para isso era preciso olhar para aquilo que a cidade tenta insistentemente esconder, um território marcado por disputas e constantes apagamentos históricos”, afirma Julia.
- 13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
- Data: 12 a 20 de junho de 2024
- Locais: Cine Passeio (R. Riachuelo, 410 – Centro)
- Cinemark Mueller (Av. Cândido de Abreu, 127, Centro)
- Teatro da Vila (R. Davi Xavier da Silva, 451, Cidade Industrial de Curitiba)
- Ópera de Arame (R. João Gava, 920, bairro Abranches)
- Site oficial: www.olhardecinema.
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- Produção: Grafo Audiovisual. Apoio Cultural: Projeto Paradiso, Cine Passeio, Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Taiwan Film & Audiovisual Institute, Cinemark