Fachada do Hospital Evangélico, em Curitiba. (Crédito: Hugo Harada/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Esqueçam os episódios de triste memória capitaneados pela médica Virginia Soares, com as supostas mortes que ela teria facilitado numa das UTIs do Hospital Evangélico de Curitiba.
Virgínia, seus criadores (nas administrações anteriores da SEB) e seus supostos crimes estarão logo na alçada da Justiça.
O importante agora é registrar um fato extremamente importante para a comunidade curitibana: o Hospital Evangélico de Curitiba conseguiu, na manhã de terça-feira (18), celebrar acordo na Junta Auxiliar de Conciliação (JAC) do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) pelo qual o Evangélico se compromete a fazer o pagamento parcelado de dívidas trabalhistas acumuladas, dentro de montante que não inviabilize a manutenção dos serviços à população.
90% DE LEITOS PELO SUS
Para que se tenha ideia da importância da decisão, basta que se cite que dos 500 leitos do Evangélico, 90% deles são destinados a clientes do SUS. E mais: o passivo trabalhista vencido chega hoje a R$ 15 milhões, em fase de execução.
Se executados esses R$ 15 milhões – como pretendiam certos advogados – o Evangélico teria de fechar as portas. E mais grave: muitos desses causídicos, sem visão do bem comum, estavam conseguindo penhorar recursos que o próprio SUS e Prefeitura alocavam para a instituição, pagamentos, sempre a menor, de serviços feitos pela instituição.
A situação trabalhista herdada pela atual administração da Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), gerada na sua maior parte por administrações anteriores, vinha colocando em risco a continuação do atendimento médico do hospital.
A interrupção dos trabalhos do hospital decretaria um caos sem limites no atendimento médico de Curitiba, onde, além do HE poucos outros hospitais atendem pelo SUS.
Dentre as exceções estão dois grandes hospitais gerais católicos, a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Cajuru, além do Nossa Senhora da Luz (psiquiátrico). O hospital psiquiátrico da Federação Espírita (ex-Bom Retiro) também atende pelo sistema SUS.
Pelo Evangélico assinou o acordo o presbítero João Jaime Ferreira.
O presidente da SEB, João Jaime Ferreira e representantes do Ministério Público do Trabalho, assinam acordo
MINISTÉRIO O PÚBLICO
O noticiário distribuído ontem pela Assessoria de Imprensa do Hospital Evangélico informa ainda:
“O acordo foi feito em audiência no Juízo Auxiliar de Conciliação (JAC) do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) na manhã desta terça-feira (18/02), sob a direção do juiz Sandro Augusto de Souza, na presença de representantes do hospital e do Ministério Público do Trabalho.
Desde setembro de 2013, a nova administração do Hospital Evangélico vem conseguindo manter a folha de pagamento em dia e buscava uma solução para enfrentar o passivo trabalhista, que alcança mais de R$ 15 milhões na fase de execução.”
CRONOGRAMA DE QUITAÇÃO
O hospital se comprometeu a manter os pagamentos em ordem, bem como a cumprir um cronograma de quitação de acordos e parcelas de execuções trabalhistas, com a entrada de novos recursos. Mais de 90% dos atendimentos feitos pelo Evangélico são pelo Sistema Único de Saúde.