Por Eloi Zanetti – O jornalista capixaba/mineiro Valério Fabris há algum tempo apresentou a ideia de que algumas capitais, BH, Curitiba, Porto Alegre, por exemplo, deveriam trabalhar mais na divulgação e na troca de experiências entre si, principalmente na área cultural, para se livrarem da hegemonia de São Paulo e Rio.
A polarização dessas duas grandes cidades é tanta que não deixa espaço para as outras cidades, que também produzem bons trabalho e não conseguem mostrar com maior frequência suas atividades culturais.
Essa ideia excêntrica – fora do centro – andou circulando, mas na época não teve adeptos para tocá-la em frente. Agora vejo sinais de que as circunstâncias, por si só, tomaram conta disso – é a possibilidade de se expressar por meio das redes sociais.
A tecnologia da Internet está permitindo que o Brasil se apresente ao Brasil. Surgem diariamente diversas manifestações culturais e elas são acessíveis às pontas dos dedos – digitais: grupos de literatura, debates, aulas, cursos, filosofia, teatro, lançamento e venda de livros. Informações importantes da área brotam por todos os lados.
O artista e o produtor cultural das cidades do interior, e é de lá que nascem a maior parte deles, não mais precisam ir a São Paulo e Rio para mostrar o que fazem. Tudo pode ser partilhado e com bons resultados via WhatsApp, YouTube, Instagram, Facebook, Linkedin, Messenger, Kwai, sites, blogs, e-mails e a lista é grande.
Fique atento porque o mundo está mudando ou você muda ou o mundo muda sem você.