
Folha de S. Paulo
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) afirmam que a participação do presidente na sabatina do Jornal Nacional, na TV Globo, na noite desta segunda-feira (22), teve um saldo positivo para o mandatário, principalmente por ele não ter perdido o equilíbrio nos 40 minutos em que respondeu a perguntas dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.
A entrevista foi marcada por altas expectativas por parte da campanha do presidente. Como a coluna Painel da Folha mostrou, ela era vista como um dos momentos cruciais daqui até o dia da eleição —principalmente pela alta audiência do telejornal.
A maior preocupação do entorno de Bolsonaro era que ele pudesse perder o equilíbrio e cometer grosserias, especialmente com a apresentadora Renata Vasconcellos. Na avaliação deles, o presidente manteve o controle e evitou atritos excessivamente com a apresentadora.
A rejeição entre as mulheres é um dos principais empecilhos de Bolsonaro. Um comentário machista ou agressivo poderia ser danoso para a imagem do presidente junto a esse eleitorado, segundo seus aliados.
O mandatário começou a entrevista mais calmo, dando respostas em um tom sereno. No decorrer do programa, porém, ficou mais irritado, principalmente após ser questionado se tinha algum arrependimento por ter imitado pessoas sem ar ao comentar os problemas da Covid-19.
GOVERNOS ANTERIORES
Apesar da avaliação positiva, alguns integrantes da campanha opinam que Bolsonaro poderia ter se saído melhor se tivesse explorado mais as comparações com governos anteriores.
Eles também esperavam que ele pudesse falar mais sobre o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família e uma das principais apostas para a reeleição.
