
Folha
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) criou um grupo de trabalho para enfrentar a violência política nas eleições de 2022. Portaria publicada na quinta-feira (21) e assinada pelo ministro Edson Fachin, presidente do tribunal, cita relatos de violência política e de atentados à liberdade de imprensa como motivações para montar o grupo.
No último dia 9, o policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho assassinou o guarda municipal e militante petista Marcelo de Arruda. A Justiça do Paraná tornou réu o policial, acusado de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e perigo comum).
Em nota, o TSE disse que a criação do grupo “evidencia a necessidade da ação, motivada pelos relatos de violência política recebidos pelo Tribunal antes mesmo do início da campanha”.
A ideia do tribunal é discutir diretrizes “para disciplinar ações de enfrentamento à violência política” no pleito deste ano.
O TSE ainda tem reagido a ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. Fachin deu, na quinta-feira (21), cinco dias para o mandatário se manifestar sobre representações de partidos contra os ataques feitos por ele ao sistema eletrônico de votação em reunião com embaixadores.
