domingo, 1 junho, 2025
HomeMemorialA trajetória de Scheller

A trajetória de Scheller

Fernando Scheller, Fábio Campana e Marisa Valério
Fernando Scheller, Fábio Campana e Marisa Valério

A propósito do lançamento de seu romance “Amor em Buenos Aires”, o curitibano Fernando Scheller suscitou manifestações de espontâneas de admiração de amigos e companheiros de trabalho.

Um deles, o também jornalista e escritor Márcio Renato dos Santos assim se manifestou – depois de lamentar não ter podido comparecer ao lançamento do livro de Scheller em Curitiba – sobre o escritor:

“Em Curitiba, o talento jornalístico de Fernando Scheller desde muito atraiu a atenção dos leitores, ainda mais de um sujeito com faro para bom texto como é o caso do Fábio Campana.

Em 2003, Campana lançou a revista Ideias e, naquele contexto, convidou alguns dos mais talentosos jornalistas em atividade no Paraná para escrever na publicação. O time inicial da Ideias, basta conferir as edições antigas, traz conteúdos de Luiz Geraldo Mazza, Ricardo Prefeito, Aroldo Murá G. Haygert, Belmiro Valverde, Israel Reinstein e Fernando Scheller. Scheller assinou ótimas matérias na Ideias, a respeito da conjuntura econômica do Paraná, plantio de soja etc. Textos tão bons quanto os que, atualmente, ele produz para o jornal O Estado de S.Paulo.

É o jornalista que sabe apurar, magnificamente bem, e escrever com uma simplicidade que é sinônimo de sofisticação”.

DANDO AULAS EM ALEMÃO

Outra manifestação de apreço pela capacidade de trabalho de Scheller veio da jornalista Marisa Boroni Valério, que, por 15 anos, foi das principais editoras do jornal Gazeta do Povo, onde Scheller trabalho por anos, tendo-a como editora.

Marisa conta que o espírito inquieto de Fernando Scheller e muito perfeccionista, revelou-se em vários momentos.

Assim, um dia, depois de já ter obtido MBA no Brasil, ele resolveu que deveria estudar Mestrado em Economia e Política num centro de larga reputação mundial.

“LOUCURA” DE META CERTA

E “mergulhou de corpo e alma nesse projeto”. Para tanto, adotou uma espécie de imersão em grandes universidades da Alemanha – país de seus ascendentes pelo lado materno. “Ele encheu as paredes do seu apartamento com recortes de jornais, revistas, e impressos, sobre universidades que oferecessem bolsas de estudo naquele país, e para sua área preferida, explica Marisa”.

Foi eliminando cada recorte, na medida em que fazia contato com as universidades. Até chegar a de Kassel, que o aceitou como bolsista, e para lá partiu.

Fez mestrado em Kassel, e trabalhou, depois, como redator na Rádio Deutsche Welle. Mas a grande desafio de Scheller, e que ele respondeu muito bem, foi ministrar aulas de Economia e Política em alemão. Sem recorrer ao inglês, esta a condição básica pelo qual foi admitido numa escola universitária.

O DOM DAS LÍNGUAS

– A necessidade opera milagres em cada um de nós. Basta achar o “ponto” desse potencial fantástico que temos adormecido, diz Scheller, quando eu lhe pergunto sobre essa experiência nada comum.

No Brasil, apesar de a mãe, catarinense de Joinville, falar um alemão “doméstico” – ou “caipira”, como o denominam outros – ele foi conhecer mesmo a língua de Goethe estudando em cursos regular do Goethe Institut, de Curitiba.

Hoje na reportagem de Economia e Negócios do Estadão, Fernando Scheller, 39, é alguém que se equilibra muito bem entre as duas paixões – o Jornalismo e a Literatura.

Leia Também

Leia Também