terça-feira, 17 junho, 2025
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Como ficam as missas tridentinas em Curitiba depois do moto próprio do papa?

Capela N.S.da Gloria, no Alto da Glória

Novas regras não proíbem essa chamada “missa antiga”, mas passam toda responsabilidade para os bispos. Vetam suas celebrações em paróquias católicas. No Alto da Glória, e na capela do antigo Colégio Cajuru católicos rezem como antes do Concílio Vaticano II. Espaços sempre cheios.

 

Na semana passada o papa Francisco publicou um moto próprio – não se trata de matéria dogmática, mas de ordem administrativa, para toda a Igreja -, estabelecendo novas regras para a celebração da chamada missa Tridentina, originada no Concílio de Trento, século XVI. A celebração é toda em latim, e contém expressões rituais próprias, tendo sido motivo de muitas controvérsias e cisões dentro da Igreja desde que deixou de ser rito obrigatório, com o Concílio.

Uma das mais impressionantes cisões foi a do bispo Marcel Lefebvre, com a Fraternidade VS.Pio X, sedf em Econe, Suíça, hoje até reconhecida como congregação an igreja. Assim, por discordarem das mudanças, vários focos de católicos conservadores manifestaram-se durante os governos de João Paulo II e Bento XVI pedindo o direito de celebração da missa de Pio V. Ela era “o normal”, até o Concílio Vaticano II.

Colégio Cajuru (hoje com nome de Colégio Bom Jesus-Lourdes.

Nesse concílio, a Igreja estabeleceu a chamada Missa de Paulo VI, um novo ritual, prevalentemente em vernáculo, mas que, é verdade, prevê-se seja ela mesma celebrada também em latim. No missal romano há o texto latino da Missa de Paulo VI. Mas sempre com a missa sacramentada pelo Vaticano II.

Para autoridades do Vaticano, a celebração da missa Tridentina, por alimentar “grupos conservadores que se opõem ao Vaticano II”, e até à autoridade do papa, passou a ser “um passo para rupturas com a Santa Sé”. Os bispos americanos, por exemplo, em 50% estão apoiando a Tridentina.

Marcel Lefebvre

EM CURITIBA: MUITOS FIEIS

Em Curitiba, celebra-se a missa Tridentina (ou chamada de missa antiga), em pelos menos dois lugares. Não se tem informações se é celebrada – sempre com autorização do arcebispo – em outras cidades da Arquidiocese.

Na tentativa de esclarecer o leitor (afinal, os católicos são 60% dos curitibanos), o site tentou contato com o arcebispo dom Peruzo, e com a assessoria de imprensa da Cúria de Curitiba. Não houve resposta às chamadas.

Mas é importante que se registre: nos dois lugares em que a Missa Tridentina é celebrada em Curitiba – na Capela Nossa Senhora da Glória, aos domingos, e na capela do antigo Colégio Cajuru (Avenida Afonso Camargo), aos sábados, a assistência é enorme.

A missa da capela do Alto da Glória é celebrada por um jovem padre da Arquidiopcese, Andersen Bonin, da geração de padres que nunca estudaram latim. A outra celebração dá-se aos sábados, no antigo Cajuru por um padre do Instituto Bom Pastor, que o Vaticano acolheu nos tempos de Bento XVI. O sacerdote vem de São Paulo.

O carisma de sua congregação é basicamente este: reconhecendo o Vaticano II, manter em pé a liturgia católica de antes da grande mudança de 1962 O Bom Pastor decorreu – assim como a Congregação de São Pedro e São paulo – do moto próprio de |\Bento “ecclesia Dei Aflicta”.

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