(Do Metrópoles)
Estudantes do ensino médio não terão mais livros didáticos exclusivos de cada disciplina a partir do ano que vem, e haverá uma fusão por áreas de conhecimento, seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular do Novo Ensino Médio.
História, geografia, sociologia e filosofia foram diluídas dentro de um único livro didático, de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a exemplo de química, física e biologia, que agora fazem parte de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Português, literatura e matemática foram os que menos sofreram alterações em suas bases curriculares, e são as disciplinas consideradas obrigatórias.
O Novo Ensino Médio, aprovado pelo Congresso no governo Temer, traz a proposta de olhar para o ensino de maneira menos fragmentada. Contudo, no que tange à elaboração dos livros didáticos, a diluição dos conteúdos pode causar, segundo alguns especialistas, prejuízo na formação dos alunos.
“Como é que os alunos vão pensar em conhecer o mundo com apenas duas disciplinas obrigatórias e as demais tão fragilizadas que não são nem mesmo mencionadas como disciplinas?”, questionou Mônica Ribeiro, doutora em educação e coordenadora do Observatório do Ensino Médio.
Segundo Ribeiro, a Lei de Reforma do Ensino Médio enfraqueceu disciplinas de Ciências Humanas e da Natureza, e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2021 serve como um mecanismo de indução dessa política educacional.
O PNLD de 2021 conta com cinco fases. A primeira escolhe os Projetos Integradores e de Vida, que tem como objetivo firmar a aprendizagem por meio da interdisciplinaridade e da ampliação da capacidade de inovação.