Assessoria – O vereador Alexandre Leprevost, presidente da Comissão de Saúde e Bem-Estar Social da Câmara Municipal de Curitiba, manifestou sua preocupação em relação à proposta unilateral de liberação do serviço de mototáxi na capital paranaense. “É preciso uma discussão ampla desta pauta entre a Prefeitura, Secretaria de Saúde, Secretaria de Defesa Social e Trânsito, URBS e Câmara Municipal para tratar dessa questão”, observou.
Leprevost argumentou que a regulamentação seria uma medida irresponsável,
considerando os dados apresentados na Câmara pela secretária de Saúde, Beatriz Battistella Nadas. Segundo a secretária, a ocupação dos leitos hospitalares de Curitiba está diretamente relacionada aos acidentes de trânsito, sobrecarregando o Sistema de Saúde. De acordo com informações da Prefeitura, os ocupantes de motocicletas têm sido as maiores vítimas no trânsito pelo terceiro ano consecutivo, representando a maior parte dos óbitos.
Apesar de ser regulamentado no país, o serviço de mototáxi é proibido pela Lei Municipal nº 13.957/2012. Diante da proibição pela legislação vigente no município e das preocupantes estatísticas de acidentes e mortes no trânsito, Leprevost destaca a necessidade de um debate mais aprofundado sobre a liberação, levando em consideração os impactos na segurança dos usuários e no sistema de saúde.
No entanto, na última segunda-feira (3), o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, confirmou a regulamentação do serviço em Curitiba e anunciou que a autorização deve ser emitida até o fim desta semana por meio de um decreto. Na semana passada, aplicativos começaram a oferecer o serviço de transporte de passageiros em motocicletas, mesmo sem a devida regulamentação municipal.