Assessoria – 2024 começou, mas muitos paranaenses continuam no litoral do Estado, aproveitando o verão. Os que estão em Matinhos se beneficiam das benfeitorias promovidas na orla do município, que também recebeu uma engorda na faixa de areia, que ajudou a valorizar os imóveis na região. É o que afirmam corretores de imóveis de algumas das principais imobiliárias de Curitiba e do sul do Brasil.
“Veja o exemplo de Caiobá, com a simples revitalização da orla tivemos uma valorização de 30% nos imóveis. Hoje o corretor precisa estar muito ligado e com uma visão aberta do que está acontecendo em outras cidades para fazer bons negócios. Imagine a satisfação do teu cliente em ganhar esse valor em um investimento”, explica Daniel Galiano, diretor de vendas da Apolar Imóveis, imobiliária que conta com 38 unidades no modelo de franquia.
Carlos Eduardo Canto, presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba, complementa a análise ao observar que, ao longo dos anos, os imóveis têm se mostrado o investimento mais seguro do mercado financeiro. “Ao longo dos meus 46 anos como corretor de imóveis e observando as oscilações do mercado em relação aos juros, vejo que o imóvel sempre será a moeda forte. Continua sendo um investimento seguro no longo prazo”, garante.
Negócio fechado
Na hora de fechar negócio corretores experientes avaliam que o mais importante é estar atento às necessidades do cliente. “A principal coisa a que o corretor precisa estar atento é a real necessidade do cliente, para ser bem assertivo e também ganhar mais confiança. Se ele sente que você tá meio perdido e não captou bem a necessidade dele, ele acaba indo para outro corretor, que dará uma informação mais completa”, argumenta André Abrão, da Abrão Imóveis, de forte atuação na venda e locação nos bairros Batel, Bigorrilho, Mercês, Água Verde e Ecoville.
Como exemplo, Abrão cita o caso de um cliente que precisa de um apartamento de 3 quartos e 2 vagas de garagem. “Se eu não estiver atento ao pedido e mandar para ele um anúncio de um apartamento de 2 quartos ou um de com 1 vaga de garagem, vou perder o negócio”, acrescenta.
Ainda de acordo com o corretor, outro ponto a estar atento é a agilidade. “Se chegou um lead para você é preciso estar atento, senão você vai para o final da fila. O cliente vai para a concorrência. Essa agilidade faz toda diferença com o cliente, certa vez eu atendi um chamado fora do horário comercial, bem tarde da noite e fechamos o negócio. Esses detalhes às vezes são fundamentais em uma negociação mais complexa”, explica Abrão”.
Para Felipe Canto, da Canto Imóveis, é preciso estar muito atento ao cliente e disponível para conversar, pois muitas vezes ele chega com uma ideia, mas ao ver as opções ofertadas pela imobiliária pode ter uma segunda opinião. Por isso, segundo ele, quanto mais bem informado sobre o imóvel o corretor for, mais chances de fechar o negócio ele terá.
“A conversa com o cliente é fundamental para entender o que ele realmente precisa. Eu considero que a informação é muito importante, além conhecimento técnico básico de economia, engenharia, arquitetura, afinal pessoas compram de pessoas e não de empresas. São negociações muito complexas e a pessoa precisa sentir segurança e credibilidade para entregar uma parte do patrimônio construído ao longo de uma vida”, explica Felipe.
Perspectivas para 2024
Daniel Galiano está otimista para o ano que se inicia, depois de um 2023 de ótimos números, com uma média de 350 imóveis vendidos por mês nas unidades da Apolar. “Eu vejo que vai ser um ano muito bom para o imobiliário, o Brasil é um país muito grande, ele muda muito rápido e o corretor precisa estar muito ligado nas perspectivas do cliente, ele quer bons negócios e rentabilidade”.
Segundo ele, o “caminho das pedras” para os corretores segue no litoral do Estado. “O próximo grande negócio é a ponte que liga Caiobá a Guaratuba, precisamos estar a atentos a esses movimentos das cidades para oferecer as melhores oportunidades aos nossos clientes. O corretor precisa estar atento a isso”, acrescenta Galiano.
“A melhor forma de fazer um bom negócio ainda é procurar um profissional corretor de imóveis, certamente esse é um investimento e não um custo. Um profissional capacitado vai te ajudar a não ter dor de cabeça, até porque a venda do imóvel ainda é presencial, você precisa estar lá para explicar, passar seu conhecimento, mostrar tudo que estudou. É nisso que eu acredito”, finaliza Carlos Eduardo Canto.