
As igrejas batistas do Brasil – no caso, em especial, o maior grupo, ligado à Convenção Batista Brasileira –refletem hoje dúvidas e certezas quanto ao alinhamento com as teses armamentistas defendidas pelo Governo Federal. E uma voz entre os batistas (segundo maior ramo evangélico do país) que se destaca é o pastor René Kivitz, que pastoreia uma igreja de São Paulo.
Por defender teses que não agradam o todo da Ordem dos Pastores Batistas, Kivitz foi desligado da associação. Ele pouco se importou com o fato, e segue em sua pregação contra as armas. Diz que, no caso, segue as recomendações de Jesus. E como modelo humano apresenta Martin Luther King.

UM PASTOR CONTRA (2)
Quem conhece a história das igrejas evangélicas no Brasil, sabe que os batistas, pelo menos até os anos 1960, mantinham-se distantes da política partidária. E pregavam um comportamento antibélico, os crentes seguindo a bandeira do “paz e amor”, o que até os fazia semelhantes a ramos dos menonitas e dos amish.
Kvitz tem 30 anos de ordenação pastoral. É uma forte voz dissidente no mundos batista, denominação forte em Curitiba, particularmente por suas duas influentes igrejas, a Primeira Igreja Batista e a Igreja Batista do Bacacheri.
Kivitz, dizem fontes ligadas a ele, não aceita o epíteto de “evangélico contestador ou de esquerda” Bem estruturado intelectualmente, ele rebate aos acusadores: só tem Jesus como mestre e guia. Esse “é meu grande trunfo”, repete.
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