domingo, 14 setembro, 2025
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Transparência Internacional repudia apoio de Moro e Deltan a Bolsonaro em nome da “luta contra corrupção”

Transparência Internacional Brasil | IDISIDIS

A Transparência Internacional – Brasil lançou na noite de quarta-feira (5), manifesto que expressa repúdio a declarações de Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol evocando a luta contra a corrupção para expressar seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro.

E acentua: “Cada qual é livre para expressar sua preferência entre as opções do 2º turno das eleições ou optar pelo voto nulo. Fomentar a intolerância a qualquer escolha é incompatível com a defesa da democracia. Mas associar a luta contra a corrupção ao apoio ao candidato Jair Bolsonaro é prestar imenso desserviço à causa e desvirtuar o que ela fundamentalmente representa.”

Desde 2019, a Transparência Internacional vem documentando e denunciando inúmeros episódios de corrupção no governo Bolsonaro e as vastas evidências de crimes cometidos pelo próprio Presidente da República e seus familiares.

DESMANCHE

A nota diz ainda: “mais grave:  denunciamos ao mundo, em diversos relatórios, o desmanche, sem precedentes, dos arcabouços legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir.”

Deltan Dallagnol e Sergio Moro

Assegura anda a Transparência Internacional, que Bolsonaro teria abrigado em seu governo homens  e mulheres comprometidos com o desmonte do Estado: a instituição menciona diretamente a família Bolsonaro. Acusa-a de evidências de desvio de recursos públicos, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro da própria família Bolsonaro, além de vínculos estreitos com a criminalidade organizada violenta.”

FAMÍLIA

E prossegue a nota: na montagem de sua arquitetura da impunidade, a família promoveu o maior desmonte dos mecanismos de controle da corrupção no país, que são também pilares do sistema de freios e contrapesos do regime democrático brasileiro. Para neutralizar o pilar de responsabilização jurídica, promoveu-se a captura da Procuradoria-Geral da República, da Polícia Federal e da Receita Federal.

Para neutralizar o pilar de responsabilização política, comprou-se o Congresso Nacional com o orçamento secreto e a aliança com o Centrão. Para neutralizar o controle social, promoveu-se um retrocesso sem precedentes na transparência e no acesso à informação pública, o desmantelamento dos espaços institucionalizados de participação e a deterioração do espaço cívico, com a difusão de desinformação e discurso de ódio, montagem de aparatos clandestinos de vigilância e espionagem estatais, tendo como alvos recorrentes jornalistas – com ainda maior frequência e virulência, jornalistas mulheres -, ativistas, acadêmicos e artistas”.

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