Toda a área jurídica que trabalhou para a eleição do alcaide Greca de Macedo está muito bem empregada na Prefeitura. Os cofres públicos fazem, assim, retribuição aos serviços prestados. Esse pessoal da “Tenda Jurídica” mantém-se vigilante e de prontidão para servir ao alcaide em 2020, especialmente porque vai “aparar” parte de gastos advocatícios não abrigados pela legislação eleitoral.
O alcaide Rafael Greca de Macedo não perde tempo quando se trata de gastar dinheiro público em benefício próprio, segundo lembram à coluna/blog alguns profissionais do Direito. É gente com história e currículo no Paraná. Garantem eles que os advogados particulares de campanha do então candidato foram nomeados, tão logo Greca foi empossado, de forma sistemática. Ganharam altos cargos da prefeitura Municipal de Curitiba, “numa generosa e descarada retribuição aos serviços prestados ao hoje prefeito”.
As fontes da coluna dão os nomes aos bois (vide relação mais adiante).
DE OLHO NO AMANHÃ
A máquina pública municipal de Curitiba agora é uma mãe!
Percebe-se que todo o jurídico da campanha de Rafael Greca foi empregado na Prefeitura, recebendo altos salários pelas assessorias jurídicas da campanha passada estando pronta para a futura defesa do prefeito em 2020.
A semelhança da “Tenda Digital” de Beto Richa, o alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo empregou na Prefeitura toda a leva de advogados da campanha. E os compensou, assim, generosamente, com dinheiro público.
“JUSTIFICATIVA”
A “justificativa” é a de que seriam os agraciados com as prebendas profissionais liberais de notória competência e técnica e administrativa.
Dizem fontes seguras que não é este o caso, com raras exceções.
Alguns do nomeados não teriam qualificações para atuar no serviço público.
CASO LUCAS NAVARRO
O certo é que pelo menos um deles, o jovem Lucas Navarro de Souza (R$ 19 mil de salário), frequentemente citado pela alcunha de “valet de chambre” do prefeito, é quase zero em exercício profissional de advogado. Seria, então, exceção movida por outros gestos de gratidão que não se citam. Estão nos domínios que não devem ser expostos, para evitar conclusões nebulosas sobre aplicação do dinheiro público…
UMA LISTA EXPLICATIVA
Seguem os nomes de alguns assessores jurídicos do prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo empregados na Prefeitura. Quase todos já foram da equipe de Beto Richa (pois Beto sempre foi parceiro de Greca). Agora fazem parte do Governo de Rafael Greca. A lista é exemplificativa:
- Lucas Navarro de Souza, advogado, assessor direto do alcaide.
- Vanessa Volpi Bellegard Palácios, indicada Geovani Gionedis.
- Alexandre Jarschel de Oliveira (Secretário de Administração e das missões especiais).
- Frederico Augusto de Lacerda, advogado da Agência Curitiba, junto com a sua presidente, Cris Alessi.
- Fabiola Roberti Coneglian, advogada de campanha, hoje no IMAP.
- Vitor Acir Puppi Stanislawczuk, advogado, secretário municipal, indicado por Geovani Gionedis, que é onipresente na administração municipal.
FALTAM ENGENHEIROS
A lista não para por aí, temos muitos outros nas secretarias, formando uma verdadeira legião para a futura luta eleitoral.
Essa “Tenda Jurídica” só expõe as carências enormes na administração municipal: enquanto contempla advogados com cargos polpudos, faltam engenheiros e arquitetos na Prefeitura para projetar e fiscalizar as obras e asfaltos. E médicos? E professores, com seus salários aviltantes?
R$ 1,5 MILHÃO POR ANO
Essa conta da enorme presença de advogados “do peito” do prefeito, sem contar encargos, significa que o erário municipal gasta pelo menos R$ 1,5 milhão/ano.
Isso, fique claro, sem mencionar as outras dezenas de advogados “agraciados também” com cargos em comissão em secretarias municipais.
Uma futura lista poderá ser publicada.
PRONTA A REPRIMIR
Um advogado sênior, de alta respeitabilidade, com posição de comando na OAB-PR, pedindo anonimato, arrematou ainda à coluna:
– Essa é a “Tenda Jurídica” de Rafael Valdomiro Greca de Macedo, preparada para reprimir qualquer crítica ao prefeito, em especial trabalha para defender a futura campanha, com a máquina auxiliar de órgãos públicos municipais e os apoiadores que se manterão discretamente à distância e anonimamente.
PARA FUGIR DA LEI
Experiente em campanhas eleitorais, tendo em certos anos ocupado cadeira de juiz no Tribunal Regional Eleitoral, a mesma fonte esclarece:
– O melhor de tudo vai ser o prefeito utilizar os escritórios da equipe e dos assessores ocultos para regularizar os gastos extra campanha. Nisso a estratégia é perfeita – absolutamente imoral e aética”.
Neste caso, os “honorários” de advogados eleitorais são excluídos de gastos e limites estabelecidos para a campanha.
UM CAIXA DOIS
Em outras palavras, sem bem entendido o que explica o advogado sênior/fonte, tudo isso seria, então, uma maneira de esquentar o Caixa 2?
