Assessoria – Durante este ano, Assistidos do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo ajudaram no teste e desenvolvimento do Conversia, uma inovação de acessibilidade 100% brasileira, criada pela Colibri Interfaces, mesma equipe que fundou a TiX, uma das mais inovadoras e premiadas startups de tecnologia assistiva do mundo. O equipamento combina todas as tecnologias de comunicação alternativa em um único dispositivo, permitindo que as pessoas possam desenvolver seu próprio meio de interagir.
Segundo a professora da Escola Pequeno Cotolengo, que acompanha as atividades, Andrieli Board, a tecnologia também ajudou a entender qual era o nível de alfabetização dos Assistidos. “Isso proporcionou a inclusão para que pudessem ser ouvidos em diversas atividades pedagógicas. Com a ferramenta, eles conseguem liberar duas inibições, a criatividade e principalmente a autoestima em aprender cada vez mais.”
De acordo com Lílian Barbosa, Maria Clara Soldati, Geovana Cunha e Esdras Vitor, representantes da empresa, a ideia surgiu da observação de que o Colibri, o mouse de cabeça, não atendia plenamente as necessidades de algumas pessoas com deficiência que apresentavam maiores dificuldades de movimento. Além disso, foi percebido que uma mesma pessoa com deficiência, muitas vezes necessitava de diferentes recursos para exercer algumas atividades.
Outro fator importante foi a possibilidade de reconstruir o timbre de voz de pessoas que, em algum momento, perderam a capacidade de falar devido a AVC, condições degenerativas, acidentes ou outras razões. Esta funcionalidade oferece uma forma de restaurar a identidade vocal da pessoa, contribuindo significativamente para sua autonomia e qualidade de vida.
“Temos uma parceria desde 2021 com o Pequeno Cotolengo, que já utiliza um dos nossos aplicativos, o Expressia, e sempre vimos o potencial da Organização e das nossas soluções contribuírem com o processo de aprendizagem, comunicação e qualidade de vida dos Assistidos”, explicam.
Comunicação
Além de ser uma plataforma muito importante para fortalecer a comunicação dos nossos Assistidos com o mundo, esse voluntariado contribui para a melhoria do equipamento. Durante o uso e os testes, tanto o Milton e o Jeffer, Assistidos que testam o equipamento, quanto as professoras que fazem o acompanhamento, conseguem fazer sugestões de melhorias. Afinal, nada mais valioso do que a identificação de problemas ou dificuldades pelos próprios usuários, para que dessa forma, a empresa possa entregar um produto ainda mais completo em sua versão final.
A pedagoga da Escola Pequeno Cotolengo, Magali Espinosa, reforça a importância do equipamento para a alfabetização e autonomia dos alunos e também agradece o apoio recebido. “A TiX tem sede em Belo Horizonte e confiou no trabalho desenvolvido dentro da nossa escola especial e trouxe esse olhar de cuidado para dentro da Organização e esse olhar de amor, apoiou e possibilitou que a gente desenvolvesse esse trabalho tão importante.”
Em junho, os Assistidos puderam personalizar ainda mais a sua comunicação, e escolheram funcionários da Organização para serem as suas vozes. O momento foi extremamente emocionante para os Assistidos, mas principalmente para os profissionais. “O Jeffer escolheu o professor Jefferson, e o Milton, o Cassemiro, gerente do nosso Bazar. Foi incrível ver eles sendo representados por pessoas que são próximas e por quem eles têm muito carinho”, conta a pedagoga.
“Ver que nossas soluções possibilitam as pessoas a se comunicarem e participarem ativamente nos dá uma sensação de dever cumprido, de que estamos fazendo nossa parte para tornar o mundo um pouco mais acessível e inclusivo”, finalizam os representantes da TiX.