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O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou hoje que pretende ter uma “relação republicana” com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em falas durante uma entrevista e no discurso após a vitória nas urnas, Tarcísio declarou que deseja ter o “melhor diálogo possível” com o governo petista a partir de 2023.
“Vai ser uma relação republicana [com Lula]. Nós queremos fazer a diferença pelo estado de São Paulo. Então nós vamos zelar pelos interesses de São Paulo, pelos interesses do cidadão de São Paulo” afirmou Tarcísio em entrevista à Record TV.
Depois de falar à emissora, Tarcísio reforçou o mesmo discurso de conciliação em seu pronunciamento após a vitória, em um hotel na capital paulista onde acompanhou a apuração. Ele estava ao lado da esposa, Cristiane, de familiares e aliados políticos, como os presidentes do Republicanos, Marcos Pereira, do PSD, Gilberto Kassab e do PSC, Gilberto Nascimento.
“Para que a gente possa trazer políticas públicas para o estado, vai ser fundamental um alinhamento, um entendimento com o governo federal”, disse Tarcísio no discurso. “A partir do momento em que houver convocação para uma conversa [com Lula], nós estaremos lá, e vamos sempre buscar o melhor para o estado de São Paulo”, declarou.
O governador eleito disse também que ainda não havia falado com o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no 2º turno, e que conversou apenas com o general Braga Netto, candidato a vice. Segundo Tarcísio, Bolsonaro “está tranquilo” e vai trabalhar normalmente amanhã. Até o momento, o presidente não se pronunciou sobre a derrota.
O bolsonarismo, no entanto, não deverá ser deixado de lado. Embora Tarcísio já tenha declarado que o governo será seu, sem a interferência do atual presidente, e que trabalhará para montar um secretariado “absolutamente técnico”, a ala bolsonarista deverá ter participação em importantes pastas da gestão do novo governador.