
Filho do presidente, Flávio Bolsonaro seria quem concebeu a solução
Wilson Picler não é apenas um raro exemplo de empreendedor bem sucedido numa sociedade que não estimula a existência de tais homens e mulheres. Mas, se por um lado contabiliza quase 400 mil alunos de seu sistema de ensino UNINTER – espalhado pelo Brasil, com braço nos Estados Unidos – é também um ser disponível para servir o país na vida pública. Foi deputado federal, bem sucedido, e está disponível a novos vôos, assunto que ele não quer abordar. Tentei por várias vezes saber de seus planos para eventualmente concorrer ao Senado. Em vão.

A novidade, deixa claro, foi sua entrada no PSD do governador Ratinho Junior, o “desejado de todas as nações”, como o classifica um professor da Uninter.
CORTEJADO
Hoje, cortejado por todos os lados, com índices de aceitação que podem indicar sua reeleição ainda no primeiro turno, Ratinho Junior também é “vítima” de sua alta popularidade. Bolsonarista, o governador terá de equilibrar-se com pelo menos duas candidaturas ao Senado que andam costeando Ratinho Junior: Alvaro Dias (Podemos) e Paulo Martins (PL). E não esquecer que deve atenções a um dos mais jovens e promissores políticos do Estado, Guto Silva. Ele quer também ser senador.

Picler está na muda, é o que concluo do momento pelo qual passa. E que em mais duas semanas – dizem fontes do PSD – estará claramente definido. É nesse ato de esperar, enquanto o momento político terá de obrigatoriamente deixar de lado situações pendentes, com todos os nomes de concorrentes definidos.
Wilson Picler não diz, mas um de seus assessores me garante: “O professor Picler poderá facilmente ser indicado suplente do Senado, ou de Alvaro Dias, ou de Paulo Martins.

DOUTORAMENTO
Essa possibilidade, a suplência, parece não contar no dia a dia do mestre Picler, que, a despeito das dificuldades e incertezas políticas que vive, passa o dia estudando para obter o Doutoramento em Bioengenharias, na segunda mais importante universidade do país, a Unicamp. E para conseguir o grau de doutor, Picler vai trabalhar realidades que a ciência examinou fortemente no passado.
E que o mesmo Picler excluiu da possibilidade de ser veraz – a chamada máquina Kirlian, com a qual os russos, nos anos 1970/80, propagandearam ser capaz de “fotografar a aura de certos indivíduos”. Ou máquina que fotografa a aura…

Para que não haja dúvidas, o educador (graduação em Física foi seu primeiro diploma) explica: “A tese aborda a Kirlian, e muito mais…” Assim, Picler vai driblando o tempo, a ansiedade política, com algumas certezas. A principal delas é a de que, dizem, a situação de suplente de Alvaro ou de Paulo Martins foi solução elaborada por um articulador respeitável, senador Flávio Bolsonarto, filho do presidente.
