terça-feira, 1 julho, 2025
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SUBNOTIFICAÇÕES E HOSPITAIS DE CAMPANHA, GRANDES DESAFIOS DE CURITIBA

Às vésperas do pico da epidemia, Prefeitura resume-se a agir pontualmente, sem plano efetivo para enfrentar a crise.

Leitos em ambientes adaptados no Paraná.

É quase impossível fugir nestas horas do tema coronavírus. É um fantasma que ameaça a Nação inteira e que, apenas em Curitiba e Região Metropolitana deverá atingir estimados 365,5 mil pessoas. Deixando um enorme rasto de mortes e infectados.

O momento é grave, não adianta políticos se esconderem, ou simplificarem a questão, pois a pandemia só tende a aumentar deste meio de abril a começo de maio, segundo todas as fontes confiáveis.

Assim, não é por ‘gosto de fazer oposição’ ao loquaz e ornamental prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo que vozes de bom senso indagam: por que Curitiba, até agora, não partiu para hospitais de campanha, como tem sido feito em grandes cidades brasileiras?

Não há respostas, o alcaide prefere se manifestar em lágrimas premonitórias de tragédia, como fez em recente entrevista à CNN, do que partir para medidas práticas e eficientes para combater o mal. Ou quando, explorando a alma religiosa de nossa gente, mostrou toda sua piedade rococó, lamentando a falta de procissão da Semana Santa por causa do corona.

Não basta, também, ele dizer, como o fez na mesma entrevista, que “meu sangue de italiano é o mesmo do ministro Mandetta”, com isso querendo explicitar unidade e admiração ao ainda titular da Saúde.

Na verdade, há muitos silêncios em Curitiba sobre os casos de coronavírus. Um dia, no entanto, a Prefeitura terá mais cedo ou mais tarde, de desvelar a existência ou não de subnotificações.

 

SUBNOTIFICAÇÕES E HOSPITAIS… (II)

Várias fontes médicas, duas delas até ligadas ao CRM do Paraná e uma terceira à Associação Médica, além de um infectologista de dimensão mundial – que pedem o anonimato – levantaram a este blog/coluna uma nova linha de raciocínio para se entender as “estatísticas” nosológicas (mortes) pelo coronavírus: muitas mortes estariam apresentando como “Causa mortis” respostas diversas, incluindo Influenza. Isso por dois motivos: os médicos até podem suspeitar de que os mortos sucumbiram ao corona. Mas como não foram testados para o vírus, e não existem comprovações de exames de que estavam infectados, “recebem designação de óbito mais ou menos genérico. O segundo motivo para eventual camuflagem de mortes pelo coronavírus seria de ordem legal, e para tanto muitas famílias estariam sendo orientadas a “fugir” do diagnóstico por morte pelo corona. O motivo é simples: se o atestado de óbito tiver como causa o corona, as seguradoras poderão se negar a pagar eventuais seguros.

Essa possibilidade parece excluir, no entanto, pelo menos 30 companhias seguradoras que se anteciparam a garantiram a cobertura dos casos de coronavírus. Isto porque a pandemia é risco excluído das apólices, em princípio.

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