terça-feira, 1 julho, 2025
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Show faz viagem pela história do Brasil com clássicos do samba

“Desde que o samba é samba é assim” apresenta ao público curitibano novas versões para clássicos do samba e conduz a uma caminhada pelo contexto histórico das épocas de cada composição

 

Depois de ter publicado 21 vídeos com regravações inéditas de alguns dos maiores clássicos do samba, a cantora e especialista na história do ritmo-símbolo da cultura brasileira, Luciana Worms, brinda o público curitibano com um show, no dia 16 de abril, às 19h, no Teatro Regina Vogue. A apresentação conduz os espectadores a uma viagem pela história do Brasil, com novas versões em vídeo para clássicos do samba e uma verdadeira aula sobre o contexto de cada época. Os ingressos custam R$ 1 e podem ser comprados na hora, no teatro.

O espetáculo é uma das ações do projeto “Desde que o samba é samba – 100 anos de samba”, que brinda o público com um fino repertório que vai de “Pelo telefone” (1917), de Donga e Almeida, até composições mais recentes, como Talismã (2007), de Paulinho da Viola, Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

A idealizadora do projeto, Luciana Worms, lembra que o show é um desdobramento do livro que escreveu com Wellington Borges Costa, em 2002, e que ganhou Prêmio Jabuti: Brasil século XX, ao pé da letra da canção popular. “O livro derivou das palestras que dávamos, nas quais contávamos a história do Brasil através da música, cantando canções que marcaram determinada época e que explicam, na maior parte do tempo, o contexto social, político e histórico. O livro é uma síntese disso”, explica a autora, que na época do lançamento deu inúmeras entrevistas, inclusive ao icônico entrevistador Jô Soares, no Programa do Jô.

Foto: Divulgação

Samba desde pequena

Embora a inspiração do projeto tenha tudo a ver com o livro de 2002, Luciana conta que sua relação com o samba começou há muito mais tempo. “A questão do samba é o seguinte: eu canto samba porque só assim eu fico contente. Faço isso desde muito cedo. Desde criança, com meu pai, em São Paulo, com meus quatro anos, já cantava e ouvia muito samba antigo. Na época eu já ouvia João Bosco, Gonzaguinha, Chico Buarque. Geraldo Pereira, Wilson Batista, Ismael Silva. Com 10 anos, essas coisas eram completamente familiares”, lembra a artista.

Com seus 13 anos, começou a cantar na noite, mas sua carreira musical teve de ser dividida com os bancos universitários da Universidade de São Paulo (USP), onde cursou direito. Ainda durante a faculdade, se tornou uma professora famosa de curso pré-vestibular e descobriu sua vocação. “Nunca me achei cantora, sou uma professora que quer contar, transformar e mostrar que aquilo tem função na sociedade. Essa é a minha grande inspiração, não deixar que esses sambas sejam esquecidos e mostrar que eles contam muito além do que trata a letra”, sintetiza.

Samba antigo nos novos tempos

Embora a maioria das regravações seja de sambas antigos, o projeto traz uma preocupação sobre como falar a linguagem do público atual e atrair novos olhares. Além do show, o projeto colocou no ar 21 vídeos no Youtube. Assim, a abrange os novos tempos da disseminação de conteúdo, na internet. “Na minha época, só de ouvirmos já era algo emocionante. Agora, há um apelo para o vídeo. E para tornar o material mais completo, incluímos também uma parte de contextualização, que vai além da canção”.

Serviço

  • Show “Desde que o samba é samba – 100 anos de samba”
  • 16 de abril (domingo) às 19h
  • No Teatro Regina Vogue, Curitiba-PR (Av. Sete de Setembro, 2775 – PISO 2)
  • Ingressos: R$ 1 (comprados na hora, no teatro)

Texto da assessoria

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