quinta-feira, 28 agosto, 2025
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Saúde dos bebês: a importância do aleitamento materno

Assessoria – Durante todo este mês, foi celebrado o Agosto Dourado, momento de conscientização sobre a importância do aleitamento materno nos primeiros anos de vida da criança. A campanha reforçou a necessidade de ampliar o número de bebês alimentados exclusivamente com o leite materno, tanto em Curitiba quanto no país inteiro.

Segundo os dados mais recentes do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), a taxa de aleitamento no país é de cerca de 45%, ainda abaixo da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 70% até 2030. Em Curitiba, um levantamento da Secretaria da Saúde do Paraná aponta que apenas 48% das crianças entre 9 e 12 meses recebem a amamentação.

O aleitamento materno é uma das melhores estratégicas para o desenvolvimento da saúde infantil e materna. O leite contribui para a formação cognitiva das crianças e a prevenção de diversas doenças, entre outros benefícios.

A recomendação da OMS é a de que a amamentação comece logo na primeira hora após o parto, sendo mantida como a única fonte de alimentação da criança até os seis meses de vida; depois, ela colabora na introdução a outros alimentos até, pelo menos, os dois anos de idade.

Leite materno essencial

Luísa Fonseca, pediatra da Afya Educação Médica Curitiba, explica que o aleitamento materno nos primeiros seis meses é essencial para a saúde da criança, pois atua como um forte aliado no combate às doenças na infância.

“Antes dos seis meses, o bebê não apresenta desenvolvimento motor adequado para a introdução alimentar, o que pode causar dificuldades na alimentação. A introdução precoce também compromete a absorção de nutrientes que estão no leite materno, além de aumentar o risco de alergias, doenças infecciosas e sobrecarregar o sistema digestivo da criança”.

A pediatra ainda pontua que o leite materno ajuda a fortalecer o organismo contra enfermidades após a infância, contribuindo para a prevenção de doenças também da idade adulta.

“O aleitamento materno pode reduzir o risco de diversas doenças ao longo da vida. Na infância, ele contribui para a diminuição de infecções respiratórias, otites, diarreias e hospitalizações. A longo prazo, o leite da mãe favorece uma menor incidência da obesidade, do diabetes e de doenças cardiovasculares, como a hipertensão. Mais do que isso, já há estudos que associam o aleitamento prolongado a um menor risco de transtornos de saúde mental”, comenta Luísa.

Após os seis meses de vida, começa a introdução de novos alimentos na dieta da criança, desde que o bebê se mostre pronto, apresentando boa sustentação cervical, interesse pelos alimentos e coordenação para levá-los à boca. Os alimentos oferecidos devem contemplar todos os grupos, o que inclui frutas, legumes, cereais, verduras, carnes, entre outros. O leite materno, no entanto, deve fazer parte da alimentação até os dois anos de idade ou mais.

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