sexta-feira, 3 janeiro, 2025
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Sacrilégio em Cascavel

Uma fonte da Cúria da Arquidiocese de Cascavel garantia ontem – pedindo anonimato – que “há fortes indícios de que o pároco da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro conduziu-se irresponsavelmente (pelo menos), na questão do R$ 1 milhão sumidos da paróquia”.

O episódio foi detectado pela Arquidiocese há duas semanas, quando foi percebido o “desaparecimento” daquela importância.

O dinheiro fora recolhido em festas organizadas pela igreja.

SACRILÉGIO EM CASCAVEL (2)

A fonte admitiu também que o promotor que atua no caso – um especialista em Direito Canônico – estaria a caminho de achar a trilha “desse pecado”. No caso em questão, pode estar ligado, o “pecado”, a “empréstimos” feitos pelo pároco a familiares seus.

Por empréstimos, entendam-se desvios de recursos…

SACRILÉGIO (3)

A penalidade mais grave para quem, sendo diácono, padre ou bispo, passa mão no dinheiro da Igreja, tem vários desdobramentos. O mais grave deles, segundo o Direito Canônico, é a suspensão “a divinis”. Quer dizer: o diácono, padre e/ou bispo perde as qualidades sacerdotais, fica laicizado, não mais podendo exercer qualquer ministério na Santa Madre.

Uma penalidade que anda beirando a excomunhão.

SACRILÉGIO (4)

A suspensão “a divinis” foi a que atingiu o arcebispo Waselowski, ex-núncio apostólico na Costa Rica, que está preso, sob vigilância, no Vaticano. Ele vai ser julgado por crime de pedofilia. O que é sinal de que “com o Papa Francisco a tolerância para com esses crimes é mesmo zero”, disse ontem à coluna padre Ricardo Hoepers, doutor em Moral pela Universidade Gregoriana, hoje um dos diretores do Studium Theologicum de Curitiba.

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