A esperança do memorialista é que leis do mecenato, estadual e municipal, contemplem sua obra, fartamente documentada e com histórico material iconográfico
Há muitos anos, todos que amam Curitiba, de fato, amor muito além das manifestações gongóricas, como as do alcaide Rafael, sabem que o jornalista Raul Guilherme Urban é um precioso colecionador (e crítico) da história da Curitiba urbana, da cidade que ele adotou e passou a viver a partir dos anos 1960.
Um dos bons momentos de Urban foi um de seus mais recentes livros, sobre os bares da Capital. Mas o forte deste catarinense que se tornou insuperável curitibano, é seu conhecimento do tema mobilidade urbana, com concentração especial no transporte coletivo da cidade. Ele sabe, de cor e salteado, tudo o que se refere ao sistema de transporte coletivo de Curitiba. É um Google desse universo controvertido e essencial.

Pois Raul Guilherme Urban – cujo pai foi um dos constituintes de Santa Catarina, anos 1940, como deputado estadual, e também sólido empresário em Joinville – está labutando há anos para editar uma preciosidade: a história do Mercado Municipal de Curitiba. Tem material inédito, nunca aproveitado em meios de comunicação, depoimentos que foi colhendo a partir de 1970, quando começou a frequentar aquele “templo de iguarias e preciosidades culinárias”, como ele nomina a obra inaugurada em 1958 por Iberê de Mattos e que passou por ampla modernização em anos recentes.
Hoje, a propósito da morte de um dos ícones do Mercado Municipal, ocorrida dia 7, ele deu à Coluna/Blog, o depoimento que segue no próximo post.