(O Bastidor)
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), decidiu não tomar partido no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Milhares de paranaenses podem ter parentes envolvidos nos dois lados da guerra.
No Twitter, Ratinho Júnior, que já foi líder de governo de Dilma Rousseff e fez campanha para Jair Bolsonaro, apenas pediu paz. “Vamos orar pela PAZ (sic) em todo o planeta”, escreveu o governador.
O estado possui a maior comunidade de descendentes ucranianos no país. Em Curitiba, há vários monumentos em homenagem aos primeiros imigrantes. Além da capital, várias outras cidades paranaenses foram colonizadas por imigrantes ucranianos. Em Prudentópolis, a 200 km de Curitiba, calcula-se que pelo menos 75% da população seja de descendentes da Ucrânia.
IMIGRAÇÃO RUSSA
O Paraná também possui uma das principais comunidades de descendentes russos no país. Um dos maiores grupos ajudou a povoar a cidade de Ponta Grossa. A maior parte era de uma etnia conhecida como “russos-alemães”, vindos de uma faixa que ficava próxima à fronteira entre a extinta Prússia e o Império Russo.
Outro grupo importante de paranaenses que pode ter parentes ligados à guerra são os descendentes de poloneses. O país recebeu forte reforço de tropas da Alemanha e da OTAN. O governo alemão teme que a Rússia possa ter interesse em expandir o território depois da conquista da Ucrânia.
Se isso acontecer, tropas russas poderiam ficar ainda mais próximas da chamada Europa Ocidental, já que a Polônia faz fronteira com a Alemanha.